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O aplicativo de transporte Uber se tornou mais uma vez centro de polêmicas. Desta vez, a companhia está sendo processada pela Alphabet, que controla o Google, por supostamente ter roubado a tecnologia utilizada em carros autônomos. A empresa já havia sido acionada na Justiça após a Alphabet acusar Anthony Levandowski, ex-engenheiro da Waymo, braço da empresa responsável por desenvolver carros autônomos, de roubar 14 mil documentos sigilosos.

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Pouco tempo depois, Levandowski foi contratado pela Otto, empresa comprada pelo Uber que também tem foco no desenvolvimento de carros que se movimentam sozinhos. A ação da Alphabet visa interromper o desenvolvimento e o uso de dispositivos supostamente criados a partir de um roubo de propriedade intelectual. De acordo com a acusação, o ex-funcionário, assim como outros que se juntaram à responsável pela plataforma de transporte, teria compartilhado todas as informações presentes nos documentos com sua nova empregadora.

Engenheiro da Waymo acusa outros ex-funcionários de ter levado informações confidenciais para projeto do Uber
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Engenheiro da Waymo acusa outros ex-funcionários de ter levado informações confidenciais para projeto do Uber

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Sendo assim, além da Otto, o aplicativo também teria se beneficiado ilegamente com o vazamento das informações. De acordo com o site "Business Insider", o engenheiro de segurança da Waymo, Gary Brown, acusa Levandowski de ter roubado os arquivos em dezembro de 2015, pouco antes de sair da empresa em janeiro. Segundo ele, Radu Raduta, ex-engenheiro do Google, e Sameer Kshirsagar, ex-gerente da área de carros autônomos, também teriam roubado outras informações confidenciais antes de se juntar a Levandowski na Otto.

Na semana retrasada, o Google havia prestado queixa na Corte dos Estados Unidos para tentar impedir que a empresa do aplicativo de transporte usasse as tecnologias da Waymo. Segundo o "Business Insider", na ocasião, a acusada negou todas as acusações e considerou o ocorrido como "uma tentativa sem fundamento de diminuir um concorrente". Já na semana passada, a Alphabet entrou com uma ação para proibir de maneira definitiva o projeto de veículos autônomos dentro do Uber.

Polêmicas com imigrantes

Há algumas semanas, algumas empresas anunciaram medidas para ajudar imigrantes dos Estados Unidos. O aplicativo de transporte, por exemplo, revelou os planos de desenvolver um fundo de defesa legal de US$ 3 milhões para ajudar seus motoristas. Na ocasião, o CEO da companhia, Travis Kalanick, informou que iria oferecer apoio para que os direitos dos funcionários nos EUA, independente de sua nacionalidade, fossem preservados.

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O comunicado da Uber, no entanto, não foi visto com bons olhos por parte dos norte-americanos, que chegaram a criar a hashtag #DeleteUber por considerarem a ação da companhia hipócrita. O motivo foi a possibilidade da participação de Kalanick em um encontro de negócios na Casa Branca, onde o executivo se encontraria pessoalmente com Trump. Após boicotes de usuários, o Kalanick informou que cancelaria sua participação no evento.

* Com informações da Ansa.

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