WhatsApp é um dos meios favoritos dos cibercriminosos para espalhar ameaças de forma rápida
Kelsen Fernandes/Fotos Públicas
WhatsApp é um dos meios favoritos dos cibercriminosos para espalhar ameaças de forma rápida

As altas taxas de desemprego no Brasil estão sendo lucrativas para diversos cibercriminosos. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 12,3 milhões estão à procura de trabalho no País. Este grupo é o principal alvo de um golpe que circula no WhatsApp. A campanha maliciosa promete falsas vagas de emprego nos Correios com salários que variam de R$ 1.876 a R$ 4.903.

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Segundo o DFNDR Lab, laboratório da PSafe especializado em cibercrimes, o link presente na mensagem disseminada pelo WhatsApp já foi acessado por mais de 650 mil pessoas. Ao abrir a página, é solicitado que o usuário preencha um formulário com informações para se cadastrar nas vagas como atendente, jovem aprendiz, auxiliar de limpeza, segurança e motorista.

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Para chamar a atenção de quem está desemprego, a mensagem afirma, ainda, que o início do suposto trabalho nos Correios é imediato. Entre as informações solicitados, estão nome, e-mail, cidade, disponibilidade de horário e a vaga para a qual a pessoa gostaria de se candidatar. Após o preenchimento, o usuário é encaminhado para uma página que pede o envio do link para mais 10 amigos ou 10 grupos no WhatsApp para completar a inscrição.

A campanha alega ser parceira deuma página destinada a oportunidades de emprego do portal de notícias  G1 e exibe falsos comentários de usuários que afirmam ter conseguido o emprego. "Funcionou aqui e eu já começo semana que vem" e "Agendei minha entrevista, estou nervosa" são alguns dos supostos depoimentos. Segundo Emílio Simoni, diretor do DFNDR Lab, somente em janeiro foram identificadas mais de 10 ameaças ligadas a processos seletivos. 

"Temos percebido que os hackers estão aproveitando o início do ano, período em que muitas empresas de fato abrem oportunidades de emprego, para intensificar golpes que utilizam essa promessa", comenta Emílio. "Reforçamos que os usuários fiquem atentos e se certifiquem sobre a veracidade de qualquer informação antes de se inscreverem e compartilharem com seus contatos".

Como se proteger de golpes no WhatsApp

Não existe risco caso você somente recebeu a mensagem. O problema ocorre quando dados pessoais, como número do telefone, por exemplo, são inseridas na página desenvolvida pelos cibercriminosos. A principal dica é sempre desconfiar de promessas exageradas e checar se a informação é real no site da empresa ou do órgão do governo.

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Além disso, ao compartilhar o link, mais pessoas ficam expostas à campanha maliciosa. Se você já enviou a mensagem para alguém, informe que a mensagem se trata de um golpe. A ideia é evitar que o conteúdo continue sendo compartilhado no WhatsApp. Especialistas também indicam o uso de programas que contem com a função de bloqueio anti-phishing, capaz de analisar ameaças e bloqueá-las instantaneamente.

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