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Polícia Federal descobriu provas do primeiro esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bitcoin no País
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Polícia Federal descobriu provas do primeiro esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bitcoin no País

Para estancar a divulgação de propagandas enganosas que podem levar as pessoas a cair em golpes e até mesmo a contrair um vírus online, o Google decidiu que não irá mais anunciar publicidades relacionadas ao bitcoin e as outras criptomoedas a partir de junho deste ano. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (14) pelo diretor de anúncios sustentáveis Scott Spencer na página do site.

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De acordo com Spencer, a ideia do Google é proteger as pessoas de anúncios de ofertas não regulamentadas e de alto risco. Como se sabe, as criptomoedas, como o bitcoin , são muito conhecidas pela sua volatividade, sendo criticadas por muitos especialistas contrários ao fenômeno das moedas digitais. A empresa também pretende proibir anúncios de apostas de jogos com valores reais, como os chamados “jogos de azar”.

Mapeamento

Ao longo de 2017, o Google removeu mais de 3,2 bilhões de anúncios que podiam levar os usuários a caírem em golpes e se tornarem mais uma vítima do “phishing”, nome dado à artimanha dos criminosos para “pescar” os dados pessoais ou bancários do usuário. Com essas informações, ele pode realizar compras ou clonar uma identidade para abrir cadastros, realizar transações bancárias ou criar contas falsas em perfis sociais.

Além disso, Spencer também destacou que a empresa bloqueou, no ano passado, 79 milhões de anúncios na rede do Google que lavavam os usuários para sites infectados por malware, mais popularmente conhecido como Cavalo de Tróia – invasão realizada com o intuito de causar algum dano ou roubo de informações.

E para evitar que mais incidentes como esses ocorram, a empresa adicionou 28 novas políticas de anunciantes e 20 novas políticas publicitárias para pelo menos dificultar essas ações maldosas.

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Lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro descobriu, na última terça-feira (13), o primeiro esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bitcoin no País. Em entrevista coletiva, o superintendente adjunto da Receita Federal no Rio, Luiz Henrique Casemiro, apontou o crime como um teste dos criminosos, uma vez que dos R$ 73 milhões desviados envolvendo o sistema penitenciários, apenas R$ 300 mil foram convertidos na criptomoeda.

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