Ao defender a saída de usuários do Facebook, Brian Acton argumentou que momento pede preocupação com privacidade
Carlos Moura/SCO/ STF
Ao defender a saída de usuários do Facebook, Brian Acton argumentou que momento pede preocupação com privacidade

O polêmico caso de uso de dados de usuários do Facebook não deverá chegar a um fim tão cedo. Nesta quinta-feira (21), Brian Acton, cofundador do WhatsApp, aplicativo comprado em 2014 pela empresa de Mark Zuckerberg, usou o Twitter para expressar sua opinião sobre o caso e defendeu que os usuários excluam suas contas da rede social se desejam manter a privacidade.

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"Está na hora", publicou Acton, que também usou a hashtag #deletefacebook. "Exclua. Esqueça. Agora é o momento de se preocupar com a privacidade". Em sua publicação contra o  Facebook , o cofundador do WhatsApp também aproveitou para apresentar para divulgar seu novo serviço de mensagens, o Signal.

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O aplicativo tem como foco um padrão de criptografia avançado que promete ser capaz de proteger os usuários dos mais diversos tipos de vigilância. Em fevereiro deste ano, a Wired informou que Acton havia se juntado ao projeto do Signal e investido US$ 50 milhões (cerca de R$ 164 bilhões) para que o app pudesse emplacar. Este foi o primeiro projeto do empresário após sair do WhatsApp em setembro de 2017.

O aplicativo foi lançado por ele e Jan Koum em janeiro de 2009. Cerca de cinco anos depois, o serviço de mensagens foi comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhões, um dos valores mais altos por uma aquisição do tipo.


Entenda o caso

A discussão em torno da privacidade dos usuários se deu após um professor russo, Aleksandr Kogan, da Universidade de Cambridge, afirmar ter acessado perfis de milhões de usuários na rede social. As informações eram captadas por meio de um teste de personalidade criado pelo próprio acadêmico.

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Cerca de 270 mil pessoas teriam feito o teste, que dava acesso a dados de identidade, localização e até mesmo dos contatos desses usuários. Com isso, o alcance foi de aproximadamente 50 milhões de pessoas. A prática ilegal teria ocorrido quando os dados obtidos no Facebook foram repassados para a Cambridge Analytica, conhecida pelo vínculo com a campanha presidencial de Donald Trump.

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