Donald Trump, ex-presidente dos EUA
Reprodução/CNN
Donald Trump, ex-presidente dos EUA

Promotores do Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitaram à Apple dados pessoais de dois congressistas democratas durante a gestão do ex-presidente Donald Trump . Funcionários e familiares dos políticos também foram espionados, incluindo um menor de idade. As informações são do jornal the New York Times.

Os dois congressistas faziam parte do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes . Um deles é Adam Schiff, grande opositor de Trump e atual presidente do comitê. O outro é Eric Swalwell, que confirmou à CNN que foi espionado pelo governo. "Fui notificado pela Apple de que eles apreenderam meus registros".

O New York Times apurou que, durante o governo Trump, funcionários que trabalhavam para o então procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, tentaram descobrir quem vazou informações confidenciais sobre contatos entre sócios de Trump e a Rússia. A investigação aconteceu em 2017 e 2018.

Na ocasião, o Departamento de Justiça obteve os registros eletrônicos dos congressistas com a Apple . Além deles, funcionários e familiares, incluindo um menor de idade, foram espionados. Ao todo, 12 pessoas foram atingidas, já que os investigadores pensaram que os políticos poderiam usar os celulares de pessoas próximas para esconder contatos com jornalistas .

Há alguns dias, o jornal já havia revelado que o Departamento de Justiça também interceptou conversas telefônicas de jornalistas do New York Times, também durante o governo Trump. Repórteres do Washington Post e da CNN também foram atingidos, tendo seus dados rastreados por quatro meses. Depois das investigações, nenhum vínculo entre os democratas do Comitê de Inteligência e os vazamentos foi encontrado.

Depois da divulgação dos casos, Adam Shiff declarou que Trump "tentou usar o Departamento [de Justiça] como um bastão contra seus oponentes políticos e integrantes da mídia", e pediu que o inspetor geral do órgão revise este caso e outros. A presidente da Câmara Nancy Pelosi, também democrata, pediu uma investigação e chamou o caso de "horroroso". "Estas ações parecem ser outro ataque atroz à nossa democracia por parte do ex-presidente". Depois da primeira reportagem do New York Times, o Departamento de Justiça afirmou que não vai mais buscar dados de jornalistas em investigações de vazamentos de informações.

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