O Airbnb não quer saber de festas nos imóveis alugados pela plataforma — e vai usar a tecnologia para combater essa prática. Nos Estados Unidos e no Canadá, a empresa vai tentar prever locações que provavelmente são para esse fim usando um algoritmo. A ferramenta procura o que chama de "reservas de alto risco".
Os critérios são o histórico do usuário, as avaliações positivas que ele teve, o período que ele está cadastrado no Airbnb, de quanto tempo é a locação, a distância do imóvel alugado até o endereço cadastrado como casa, se é uma reserva feita para dias úteis ou para fim de semana, entre muitos outros, diz a empresa.
Mesmo que a locação seja recusada, o usuário poderá ficar em quartos de casas ou em hotéis.
O algoritmo já vem sendo empregado em regiões selecionadas da Austrália desde outubro de 2021. Por lá, a ferramenta ajudou em uma queda de 35% nas festas não autorizadas.
Nos EUA, o Airbnb tentou usar uma ferramenta parecida desde julho de 2020, mas com foco limitado. Hóspedes abaixo de 25 anos sem avaliações positivas no histórico eram impedidos de reservar casas grandes próximas ao local onde moram.
Airbnb combate festas desde 2019
A ferramenta é a mais nova forma de combater festas, uma briga que o Airbnb comprou desde 2019.
Na ocasião, a plataforma proibiu casas destinadas a este fim de se cadastrarem no sistema. A medida veio logo após uma festa para mais de 100 pessoas na Califórnia (EUA) durante o Halloween terminar com cinco mortos a tiros.
Em 2020, depois do início da pandemia de Covid-19, a empresa proibiu temporariamente festas em propriedades alugadas na plataforma. A companhia temia que os imóveis fossem usados para reuniões durante a fase mais aguda do isolamento social.
Em junho de 2022, o Airbnb transformou a proibição temporária em permanente, e disse que mais de 6.600 pessoas foram suspensas da plataforma por tentar fazer festas.