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19/01 - 15:44hs
Novo diretor da Campus Party é movido a ideias
Novo diretor da Campus Party é movido a ideias Por São Paulo, 19 (AE) -
Agência Estado
Murilo Roncolato
Mario Teza é o novo Marcelo Branco. Pela segunda vez. Com perfis muito
parecidos, os dois gaúchos de Porto Alegre são defensores do software livre, não
concluíram o ensino superior, mas aprenderam tudo trabalhando, inclusive na
mesma empresa, a Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul
(Procergs). Curiosamente, Marcelo Branco era vice-presidente da empresa, mas por
vontade própria mudou de emprego e quem foi seu sucessor?
Teza.
Contratado pela Futura Networks no final de 2009, participou da
edição de 2010 do evento na equipe de transição e em 2011, aos 36 anos, assumiu
a cadeira de diretor geral do principal evento de tecnologia do país. Simpático
e energético, assim como seu antecessor, Teza só deixa claro uma diferença em
relação a Branco: não gosta de aparecer, falar, não quer ser assunto. Prefere os
bastidores.
De qualquer maneira, se diz feliz em seguir com a gestão
herdada, mas acha difícil superar os feitos do amigo. "Conseguimos honrar as
melhores práticas e absorver as novas. Isso é uma construção coletiva."
A brincadeira feita entre Dilma/Teza e Lula/Marcelo Branco - devido à
preocupação com a continuidade do trabalho da gestão anterior - não gerou os
risos esperados, mas uma análise sobre a democracia por aqui: "As eleições no
Brasil foram sempre assim também. O Brasil amadureceu e viu que para crescer é
preciso manter as boas ideias".
Embora discreto, Teza atropela a
humildade e garante que a edição brasileira deste ano será "a melhor, a mais
bonita, enfim, a melhor dentre as 27 já realizadas no mundo". A justificativa
para tanta entusiasmo se deve aos grandes palestrantes, ao número recorde de
inscritos e às melhorias finalmente realizadas. "Mas o diferencial maior são os
campuseiros. O brasileiro é diferente, é conversador e colaborativo. Vai ser
difícil algum outro país fazer um evento melhor do que o nosso",
afirma.
O novo diretor da Campus Party se mostra confiante em relação ao
momento do País com a tecnologia. Aos que, assim como ele, estão assumindo novos
cargos de direção agora, como a nova presidente e os recém-empossados
governadores, Teza diz que para esses próximos anos a prioridade deve ser
investir em três setores: educação, ciência e tecnologia. "A Campus Party dá um
grãozinho de areia de contribuição nisso, mas não podemos mudar tudo
sozinhos".
O organizador do evento, que vai até domingo, diz não ser
nada. Vive com empresários, membros do governo, técnicos, mas não sabe o que é,
não gosta de rótulos. "Mas o que eu não gosto mesmo é da mídia, não
literalmente, pois acabei de trancar minha faculdade de jornalismo. Aliás, eu só
não gosto de ser o assunto. Eu gosto de defender ideias, isso sim, o que me move
são ideias".
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