Mark Zuckerberg e Tim Cook: a diferença entre líderes do setor tecnológico
CEOs utilizam métodos distintos quando se trata de futuros lançamentos do Facebook e Apple; estratégia é explicada pelo perfil das empresas
Por Brasil Econômico |
Que Mark Zuckerberg e Tim Cook são grandes empresários não é novidade para ninguém. Em situações diferentes, eles ajudaram duas empresas do setor tecnológico a se tornarem gigantes. Enquanto Zuckerberg fundou o Facebook quando ainda estava na faculdade, Cook foi contratado pela Apple quando já tinha trabalhado em outros locais. Além das carreiras, os CEOs mantêm estilos bem distintos.
LEIA MAIS: Facebook anuncia mudança na timeline para priorizar publicações com notícias
A principal diferença, de acordo com o site Business Insider, é a forma como Mark Zuckerberg e Tim Cook tratam os produtos que estão sendo desenvolvidos pelas empresas. O CEO da Apple tentar guardar segredos sobre os lançamentos da empresa. "Nós percebemos que as pessoas adoram surpresas", disse Cook em entrevista ao The Washington Post.
De acordo com Cook e Eddy Cue, vice-presidente da Apple, o desejo de surpreender o público os atrapalha em muitas situações. A estratégia faz pessoas terem expectativas negativas em relação à empresa quando comparam o que os concorrentes prometem para os meses seguintes com a Apple. Cook, no entanto, argumenta que esta é uma estratégia da empresa e vê um vantagem no plano. "Nós não temos um evento para mostrar os lançamentos do próximo ano. Nós mostramos o que está sendo lançado agora e tentamos deixar os desenvolvedores animados com o que eles podem fazer neste momento", argumenta Cook ao site Fast Company.
O modelo é bem diferente do utilizado por Mark Zuckerberg, que recentemente apresentou os planos do Facebook para os próximos dez anos, na F8 Conference . E a diferença entre as duas empresas é compreensível. Afinal, o objetivo da rede social de Zuckerberg é incentivar os usuários a compartilhar todos os detalhes sobre suas vidas em uma linha do tempo .
Você viu?
LEIA MAIS: iOS 10: confira as 5 principais novidades do novo sistema da Apple
Por isso, é justo que a plataforma não esconda tantos segredos de mais de um bilhão de usuários que confiam na plataforma para se comunicar com amigos, família e até mesmo para manter páginas de suas empresas.
Além disso, mudanças na rede social podem prejudicar determinados grupos de usuários. A política de nomes reais implantada em 2015 é apenas um exemplo. A estratégia, que impedia que as pessoas usassem nomes falsos para cometer crimes, acabou prejudicando membros da comunidade LGBT e outros usuários que não usavam o seu nome real por questões de segurança.
O problema foi corrigido e os usuários já podem cadastrar nomes diferentes da sua identidade na rede social, mas o Facebook se envolve em questões como essa com uma certa frequência. Em 2014, a empresa foi acusada de realizar experimentos psicológicos por meio do feed de notícias. Mais recentemente, a plataforma se envolveu em uma polêmica relacionada aos Trending Topics. Segundo as acusações, o algoritmo foi alterado para exibir publicações conservadoras com menos frequência e conseguir interferir nos resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos.
LEIA MAIS: Instagram Stories ainda divide opiniões em "guerra" com Snapchat
Conforme o Facebook percebe o poder que tem, fica cada vez mais evidente que é impossível esconder informações e manter a confiança dos usuários. A Apple, por sua vez, fabrica smartphones, tablets e computadores. Qualquer que seja o próximo projeto da empresa, a pressão dos usuários não será tão grande pois o principal produto são equipamentos eletrônicos e não informação sobre os usuários.