A Apple é uma das empresas de tecnologia que mais se posiciona "a favor do sigilo de seus usuários". Um caso capaz de exemplificar essa postura é o do atirador de San Bernardino, na Califórnia, ocorrido em dezembro de 2015. Na ocasião, a juíza federal dos Estados Unidos ordenou que a marca desbloqueasse o iPhone utilizado por um dos autores do atentado, mas a Apple se recusou, já que considerava a ação uma ameaça de segurança para seus clientes.
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Mas, de acordo com uma publicação feita pelo portal internacional da revista Forbes, todo esse sigilo da Apple já pode ser quebrado. Isso porque uma startup chamada Grayshift começou a anunciar a venda de um software capaz de desbloquear iPhones , basta que o cliente desembolse US$ 15 mil, o que, em reais, ficaria em torno de R$ 48,4 mil, segundo a cotação do Banco Central (BC) da quarta-feira (7).
E esta é a versão “simples” do software, pois só pode ser usada 300 vezes com conexão à internet. Agora, a versão independente de conexão custa US$ 30 mil, ou seja, pouco mais de R$ 96 mil, e oferece ao cliente uso ilimitado. Vale destacar que nem a versão mais recente do iPhone, o iPhone X , está "a salvo" do software GrayKey.
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Como funciona o desbloqueio
Não foi explicado exatamente como a ferramenta funciona, entretanto, o que se sabe é que o GrayKey age no chip “Secure Enclave” da Apple para fazer o desbloqueio. A Apple desenvolveu o chip para criptografar informações isoladamente e para tornar os ataques por força bruta demorados, uma vez após a nona tentativa falha de desbloqueio, o hacker deve esperar por mais uma hora para tentar de novamente. Contudo, ao ultrapassar o Secure Enclave – função do software, o tempo de espera é diminuído. A ferramenta também promete baixar backups de dados do iTunes
Caso você seja um usuário dos smartphones da Apple, a marca recomenda aos seus clientes sempre acompanhar as atualizações do sistema operacional, porque sempre têm correções para as vulnerabilidades mais recentes.
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