Quase duas semanas depois do The Wall Street Journal vazar um relatório no qual o Facebook admite que o Instagram prejudica a saúde mental de adolescentes, a rede social decidiu responder sobre o caso.
Em uma publicação no blog do Facebook neste domingo (26), Pratiti Raychoudhury, vice-presidente e líder de pesquisa da empresa disse que o Instagram não é tóxico para adolescentes.
No texto, Raychoudhury descreve o relatório citado pelo jornal e afirma que ele foi tirado de contexto. Novos dados que não estavam presentes na reportagem foram mostrados, alegando que o Instagram, na verdade, faz bem para os mais jovens.
A vice-presidente afirma que faltou "contextualizar descobertas específicas" e "deixar clara a natureza" da pesquisa citada pelo WSJ. "Algumas das pesquisas contaram com a opinião de apenas 40 adolescentes e foram projetada para informar conversas internas sobre as percepções mais negativas dos adolescentes sobre o Instagram. Não mediram relações causais entre o Instagram e problemas do mundo real", escreveu Raychoudhury.
Na reportagem, o WSJ divulgou o conteúdo presente em slides que circularam em apresentações dentro do Facebook. A empresa tinha informações como "nós pioramos os problemas de imagem corporal de uma em cada três garotas adolescentes".
Raychoudhury rebate dizendo que "esses documentos foram criados e usados por pessoas que entendiam as limitações da pesquisa, razão pela qual ocasionalmente usavam linguagem abreviada e não explicam as ressalvas em todos os slides".
A executiva ainda afirma que algumas pesquisas foram feitas para procurar justamente os piores resultados possíveis, a fim de melhorar as ferramentas presentes no Instagram. "Nossa pesquisa interna é parte de nosso esforço para minimizar o que há de ruim em nossas plataformas e maximizar o que há de bom. Investimos nessa pesquisa para identificar proativamente onde podemos melhorar - por isso os piores resultados possíveis são destacados nos slides internos", escreveu.