2021: o ano em que o TikTok foi pedra no sapato de Google e Facebook

Sucesso do TikTok

Se 2020 já havia sido o ano do TikTok, quando a rede social se espalhou pelo mundo, 2021 veio para coroar o sucesso duradouro do aplicativo. Em julho, o app chinês se tornou o primeiro do mundo fora do Facebook a bater 3 bilhões de downloads. Em setembro, a plataforma divulgou que atingiu a marca de 1 bilhão de usuários mensais.

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E não para por aí

Dados da Sensor Tower apontam que, entre janeiro e outubro de 2021, o TikTok foi o aplicativo mais baixado do mundo em todos os meses, com exceção de janeiro, quando o Telegram bombou se aproveitando das polêmicas relacionadas à nova política de privacidade do WhatsApp.

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Sucesso extrapola o TikTok

Ainda segundo a Sensor Tower, já existem mais de 900 aplicativos criados apenas para funções relacionadas ao TikTok, como baixar vídeos, ver estatísticas e editar conteúdos. Só em 2021, 200 deles foram criados. Hoje, além dos 3 bilhões de downloads, o Tiktok já movimenta indiretamente 1,3 bilhão de downloads nesses outros aplicativos.

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Ultrapassando empresas consagradas

Mesmo com vídeos curtos, neste ano o TikTok ultrapassou o YouTube em tempo médio gasto com vídeos. O sucesso foi tamanho que, também neste ano, uma universidade na Ucrânia criou o primeiro curso do mundo para as pessoas se formarem TikTokers.

Renato Mota

O motivo do sucesso

Para Rejane Toigo, produtora de conteúdo, especialista em mídias digitais e fundadora da Like Marketing, o sucesso dos vídeos curtos estão relacionados com o ritmo, o humor e a facilidade das pessoas se adaptarem a eles. "Esse tipo de conteúdo tem elementos que são capazes de desencadear um efeito de atenção muito rápido no usuário", comenta.

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Uma pedra no sapato

O sucesso do TikTok é tamanho que ele tem se tornado uma pedra no sapato das gigantes de tecnologia. Em 2021, vimos Instagram e YouTube investirem pesado para que produtores de conteúdo migrassem para suas novas plataformas de vídeos curtos, o Reels e o Shorts.

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Ferramentas e dinheiro

Tanto Instagram quanto YouTube dedicaram centenas de milhões de dólares para incentivar a produção de conteúdo em suas plataformas. Além disso, as empresas também investiram em novas ferramentas para se aproximarem cada vez mais do TikTok.

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Reels ou TikTok?

Em 2021, surgiram no Instagram diversas ferramentas para torná-lo ainda mais parecido com o aplicativo chinês. Agora, o Reels permite que usuários façam duetos, respondam a perguntas e muito mais. Além disso, o feed também foi modificado para dar mais ênfase aos vídeos curtos.

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Sucesso do TikTok não foi a toa

“As pessoas ficam retidas nos vídeos curtos, por isso o YouTube e o Instagram estão investindo neles. Copiaram o TikTok que veio de uma longa pesquisa para entender que esse conteúdo ia pegar. Não foi a toa”, comenta Rejane.

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Não é só Instagram e YouTube

Em um movimento parecido com o que ocorreu depois do sucesso do Snapchat, quando todas as plataformas passaram a adotar o modelo de Stories, 2021 foi o ano em que as redes sociais aderiram aos vídeos curtos. Netflix, Facebook, Spotify e até Twitter começaram a testar feeds parecidos com o do TikTok.

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TikTok e seu formato vieram para ficar

Mesmo sem gostar de fazer previsões, Rejane aposta que os vídeos curtos vieram para ficar e, nos próximos anos, devem estar presentes em ainda mais plataformas. “Acho que os vídeos curtos vieram para ficar e eles vão ser a principal - quiçá a única - forma de produção de conteúdo que capte a atenção das pessoas”, afirma.

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