Facebook, Google e Twitter assinam carta contra PL das fake news

Gigantes de tecnologia alegam que projeto de lei deixou de ser sobre fake news

Redes sociais se posicionam contra texto do projeto
Foto: Unsplash/Azamat E
Redes sociais se posicionam contra texto do projeto

Facebook, Instagram, Google, Mercado Livre e Twitter divulgaram, nesta quinta-feira (24), uma carta alegando que o Projeto de Lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, "pode acabar mudando a internet como conhecemos hoje e prejudicando usuários e empreendedores".

A carta, intitulada "PL 2630/2020 deixou de ser sobre combater as fake news", argumenta que as gigantes de tecnologia estão empenhadas em combater a desinformação em suas plataformas, mas não da forma que o projeto propõe.

"Como plataformas de tecnologia, investimos continuamente em recursos e ações concretas e transparentes para combater a desinformação e estamos comprometidas a debater com a sociedade como podemos enfrentar esse desafio juntos", escreveram as empresas.

As empresas afirmam que o PL das Fake News representa "uma potencial ameaça para a Internet livre, democrática e aberta que conhecemos hoje". As companhias se posicionam de forma contrária à remuneração de veículos de imrpensa, às regras sobre moderação de conteúdo e às mudanças em anúncios da forma que estão descritas no projeto.

A respeito do combate à desinformação, as gigantes de tecnologia argumentam que pracisam de "flexibilidade para poder agir para remover conteúdo nocivo" e que o texto traz "exigências severas" que pode levar as plataformas a "agir menos na moderação de conteúdo, deixando o ambiente on-line mais desprotegido do discurso de ódio e da desinformação".

"O debate sobre as potenciais consequências negativas do PL 2630/2020 é importante e desafiador. Por isso, pedimos que essas preocupações sejam levadas em consideração antes da votação. Como temos feito desde que o PL foi apresentado em 2020, continuaremos trabalhando próximos dos parlamentares brasileiros em prol de uma proposta que beneficie a economia brasileira, a internet livre e aberta e, acima de tudo, todos que usam os meios digitais para empreender, se expressar, se informar e consumir", concluíram as empresas.