Telegram adota medidas presentes em outras redes para não ser banido

Confira o comparativo

Telegram muda

O Telegram anunciou neste domingo (20) sete medidas que adotou no Brasil para não ser banido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas, estão ferramentas de moderação de conteúdo que já existem em outras plataformas digitais como Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp.

Leandro Kovacs

Moderação de conteúdo

O Telegram afirmou que vai monitorar manualmente os 100 canais mais populares do Brasil, responsáveis por 95% das visualizações de mensagens públicas no Brasil. O objetivo é encontrar informações falsas ou perigosas. Esse tipo de monitoramento já existe em todas as grandes redes sociais presentes no Brasil, seja através de algoritmos ou de moderadores humanos.

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Combate à desinformação

O Telegram ainda afirmou que vai fazer parceria com agências de checagem de fatos para colocar rótulos em publicações que contém desinformação. Além disso, o app vai restringir a capacidade dos usuários envolvidos na disseminação de desinformação de criar novos canais ou postar em canais existentes. Ambas as medidas já existem há bastante tempo em redes como Facebook e Twitter.

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Dar controle aos usuários

O Telegram também vai permitir que usuários denunciem postagens específicas, recurso que existe até no WhatsApp, aplicativo mais difícil de monitorar por conta da criptografia de ponta a ponta.

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Promover informações confiáveis

O Telegram ainda afirmou que está buscando parcerias para promover informações verificadas na plataforma. A medida é adotada, por exemplo, no âmbito eleitoral por todas as plataformas que fecharam acordo com o TSE, do qual o Telegram vinha fugindo.

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Atualizar os termos

O Telegram disse que as novidades vão aparecer em seus Termos de Serviço e que vai passar a acompanhar a mídia brasileira. "Acreditamos que se tivéssemos monitorado a mídia no Brasil antes, a crise atual poderia ter sido evitada", disse o Telegram.

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Fez o básico?

As medidas anunciadas pelo Telegram são básicas no combate à desinformação e conteúdo potencialmente perigoso em outras redes sociais. Até então, porém, o aplicativo tinha quase nenhum tipo de controle sobre esses tipos de publicações, o que representa um avanço.

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Tentativas do TSE

Há alguns meses, o TSE vem tentando fechar parceria com o Telegram para reduzir a disseminação de desinformação sobre as eleições na plataforma. A parceria consiste em adotar medidas parecidas com as anunciadas neste domingo. O aplicativo, porém, vinha ignorando o Tribunal, precisando ocorrer um banimento para que as ações fossem postas em prática.

Pedro Knoth

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