Na quarta-feira (6), o 5G será liberado em Brasília, primeira cidade do país a receber a quinta geração de internet. Atualmente, porém, outras cidades já têm o 5G, mas não em sua forma "pura". Afinal, qual a diferença entre as tecnologias?
Com a demora do leilão do 5G, concluído no ano passado, algumas empresas de telecomunicações começaram a oferecer o que ficou conhecido como 5G, mas que não é a quinta geração de internet em sua forma completa. A primeira companhia a oferecer o serviço foi a Claro, ainda em 2020.
Na verdade, o que as teles oferecem atualmente no Brasil é o 5G DSS, que usa uma nova tecnologia no padrão 5G, mas ainda funciona em frequências compartilhadas com o 4G. Isso significa que esse "5G", apesar de ser chamado assim, não tem todas as vantagens da quinta geração de internet. A velocidade é maior que a do 4G, mas menor que a do 5G "puro".
Somente depois do leilão do 5G é que as teles adquiriram a permissão para circular dados em novas faixas de frequências, essas sim dedicadas exclusivamente ao 5G. Com isso, a tecnologia "pura" será lançada no país nesta semana, a começar por Brasília. Até setembro, todas as capitais devem receber a novidade, que é caracterizada pela altíssima velocidade e pela baixa latência (demora entre o envio e o recebimento de uma informação).
Como as marcas já estavam usando o nome "5G" para oferecer algo que não era exatamente o 5G, agora outras estratégias comerciais estão sendo usadas para vender o 5G de verdade. A Claro, por exemplo, já chama o 5G "puro" de "5G+". Outro nome usado para a novidade é 5G standalone.
Diante das diferenças técnicas e dos nome similares, a Anatel está criando novas regras que as teles terão que seguir para comercializar o 5G. O objetivo é que os clientes saibam exatamente qual tecnologia estão pagando para ter acesso.
Após Brasília, 5G chegará a SP, BH, Porto Alegre e João Pessoa.