'Estrutura de cachorro' é encontrada em Marte e causa confusão em pesquisadores

As descobertas foram reveladas por uma equipe de pesquisadores da Dinamarca

'Estrutura de cachorro' é vista em Marte e causa confusão em pesquisadores
Foto: shutterstock
'Estrutura de cachorro' é vista em Marte e causa confusão em pesquisadores

Uma nova descoberta em Marte  revelou uma intrigante estrutura subterrânea que, surpreendentemente, tem o formato de um cachorro . Escondida sob camadas de sedimentos de um oceano desaparecido, essa formação faz parte de um conjunto de cerca de 20 estruturas misteriosas detectadas ao redor da calota polar norte do planeta, segundo pesquisadores da Universidade de Utrecht e da TU Delft, na Dinamarca . As formações variam em forma e tamanho, e a equipe está intrigada, pois ainda não sabe ao certo o que elas são ou como surgiram.

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De acordo com as teorias iniciais, essas estruturas podem ter sido compactadas por impactos de meteoros antigos ou formadas por atividades vulcânicas. No entanto, mais estudos serão necessários para desvendar a verdadeira origem dessas anomalias subterrâneas.

O mapeamento dessas estruturas foi possível graças a pequenas variações nas órbitas de satélites, que permitiram a criação de um modelo do campo gravitacional de Marte, revelando como a massa está distribuída sob a superfície do planeta. Esses dados foram combinados com observações sobre a espessura e flexibilidade da crosta marciana, além da dinâmica do manto e do núcleo do planeta, informações obtidas pela sonda InSIGHT da NASA , que finalizou sua missão em 2022.

A estrutura com formato de cachorro, assim como as outras, está coberta por uma espessa camada de sedimentos, que pode ter sido o fundo de um antigo mar. Bilhões de anos atrás, Marte era coberto por oceanos e rios, mas as águas evaporaram após uma mudança climática drástica, e agora as evidências desses corpos d'água permanecem apenas nos registros geológicos do planeta, como essa camada sedimentar.

Apesar de as formações subterrâneas não terem vestígios visíveis na superfície, o professor Bart Root, da TU Delft, que lidera a pesquisa, afirmou que "através dos dados gravitacionais, temos um vislumbre intrigante da história antiga do hemisfério norte de Marte."

Além dessas descobertas, o estudo sugere que Marte pode ter mais atividade geológica do que se imaginava. A equipe também identificou um possível grande pluma de magma no manto do planeta, a cerca de 1.100 km de profundidade, que poderia estar alimentando o gigantesco vulcão Olympus Mons, o maior do Sistema Solar.

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