X abre vaga para gerente de parcerias no Brasil meses após fechar escritório no país

Empresa fechou escritório brasileiro após STF ameaçar multar e prender a então representante legal da rede social no país

novo gerente do X deverá colaborar com parceiros para desenvolver pacotes de patrocínio que incentivem a monetização da plataforma
Foto: Getty Images
novo gerente do X deverá colaborar com parceiros para desenvolver pacotes de patrocínio que incentivem a monetização da plataforma

A rede social  X  (antigo  Twitter ), controlada pelo bilionário  Elon Musk , divulgou nesta quarta-feira (6), que abriu uma vaga para gerente de parcerias no  Brasil . A oportunidade surge menos de três meses após a empresa encerrar suas operações no país em meio a  um conflito com o  Supremo Tribunal Federal  ( STF ).

O candidato selecionado para o cargo será responsável por gerenciar relações da rede social com parceiros de conteúdo no  Brasil , incluindo empresas de mídia, ligas esportivas e criadores de conteúdo. 

Segundo a empresa, o novo gerente deverá colaborar com parceiros para desenvolver pacotes de patrocínio que incentivem a monetização da plataforma, além de executar outras funções estratégicas de relacionamento.

Queda de braço contra o STF

A empresa fechou seu escritório brasileiro em agosto, após o ministro do STF Alexandre de Moraes ameaçar multar e prender a então  representante legal da rede social no país, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. Na ocasião, o X declarou que a decisão visava proteger a segurança de seus funcionários.

"Como resultado, para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato. O serviço X continua disponível para a população do Brasil", disse a empresa na época.

Após o fechamento, o STF exigiu a nomeação de um novo representante legal para o X no Brasil, além de aplicar sanções pela falta de cumprimento de determinações judiciais. No fim de agosto, Moraes chegou a ordenar o bloqueio da plataforma no país devido ao que considerou descumprimento de "ordens ilegais e secretas" pela empresa.

Durante o período de bloqueio, a plataforma aceitou pagar uma multa de R$ 28 milhões, forneceu os documentos solicitados pelo STF e reconduziu Rachel de Oliveira como representante legal. A rede social foi liberada para operar no Brasil novamente em 8 de agosto, cerca de 40 dias após o bloqueio inicial.