Trump ressaltou que acredita que a decisão da Meta pode ter sido influenciada por sua postura
MARIO TAMA
Trump ressaltou que acredita que a decisão da Meta pode ter sido influenciada por sua postura


O presidente eleito dos Estados Unidos , Donald Trump , elogiou nesta terça-feira (7) as recentes mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg , fundador e CEO da Meta , empresa responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. Ele também citou a ameaça que fez contra a empresa.

Durante uma entrevista coletiva, o político afirmou que as mudanças representam um avanço para a empresa e as classificou como "impressionantes".

Ele se referiu especificamente ao encerramento do programa de checagem de fatos da Meta e à implementação de um sistema de Notas da Comunidade, semelhante ao adotado pelo X, antigo Twitter. 

Trump ressaltou que acredita que a decisão da Meta pode ter sido influenciada por sua postura crítica à empresa durante os últimos anos.

“Eu assisti à coletiva de imprensa deles e achei que foi uma coletiva de imprensa muito boa. Acho que eles, honestamente, acho que eles percorreram um longo caminho. Meta. Facebook. Acho que eles percorreram um longo caminho. Eu assisti, o cara foi muito impressionante”, declarou.

Ele acrescentou que a medida pode ser uma resposta direta às ameaças feitas por ele. “Provavelmente. Sim, provavelmente”, afirmou. 

Mudanças da Meta

Mais cedo, Mark Zuckerberg anunciou a redução nas políticas de moderação de conteúdo da Meta. Entre as medidas, está o fim do programa de fact-checking nos Estados Unidos, que será substituído por um sistema de Notas da Comunidade.

“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por notas da comunidade semelhantes ao X (antigo Twitter), começando nos EUA”, declarou Zuckerberg em uma publicação nas redes sociais.

Segundo o empresário, os verificadores de fatos eram politicamente tendenciosos e acabaram comprometendo mais a confiança do que promovendo a transparência. 

Zuckerberg explicou que a nova política pode trazer desafios, incluindo a possibilidade de maior circulação de conteúdos prejudiciais, mas defendeu que a medida busca ser mais inclusiva e menos restritiva.

Ele também afirmou que trabalhará diretamente com o presidente Trump para enfrentar governos ao redor do mundo que, segundo ele, pressionam por maior censura e dificultam a atuação de empresas americanas.


Trump e Meta

A mudança ocorre no contexto de aproximação entre Zuckerberg e Trump. Além das novas diretrizes, a Meta nomeou Joel Kaplan, um aliado próximo dos republicanos, como chefe de assuntos globais da empresa.

Outro nome que se juntou à diretoria foi Dana White, proprietário do UFC, conhecido por seu apoio histórico ao presidente eleito. Zuckerberg também doou US$ 1 milhão para o fundo de posse de Trump, em um gesto de reconciliação antes de sua posse em 20 de janeiro. 

O anúncio foi acompanhado de críticas ao atual presidente Joe Biden, que, segundo Zuckerberg, pressionou por maior censura nas plataformas digitais.

Ele também destacou preocupações com legislações na Europa, acusando o continente de institucionalizar a censura e criar barreiras à inovação.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!