China investiga gigante de chips americana Nvidia por violação de lei anti-monopólio

A China iniciou, nesta segunda-feira (9), uma investigação sobre o gigante americano de chips Nvidia por supostas violações das leis antimonopólio, informou...

El fundador y dueño de Nvidia, Jensen Huang, ofrece un discurso en una convención de desarrolladores informáticos en SAP Center de San José, en California, el 18 de marzo de 2024
Foto: Josh Edelson
El fundador y dueño de Nvidia, Jensen Huang, ofrece un discurso en una convención de desarrolladores informáticos en SAP Center de San José, en California, el 18 de marzo de 2024
JOSH EDELSON

A China iniciou, nesta segunda-feira (9), uma investigação sobre o gigante americano de chips Nvidia por supostas violações das leis antimonopólio, informou o canal estatal CCTV.

O procedimento contra o gigante dos chips foi iniciado pelos serviços de regulação do mercado público e também se refere à violação de um compromisso assumido em 2020, quando adquiriu a Mellanox Technologies Ltd, segundo a CCTV.

Esse anúncio derrubou as ações do grupo californiano, considerado um dos principais grupos da revolução da Inteligência Artificial (IA) generativa.

A Nvidia é com sobras o maior produtor dos chamados chips GPU (Graphics Processing Unit), também conhecido como cartões gráficos, que são considerados indispensáveis para o desenvolvimento da IA generativa.

A investigação ocorre em meio a um cenário cada vez mais tenso entre as duas maiores economias do mundo, com o iminente retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro, ameaçando aumentar significativamente as tarifas sobre as exportações chinesas.

Na última terça-feira, Pequim anunciou restrições às suas exportações de metais como gálio, germânio e antimônio, essenciais para o design de painéis solares e chips eletrônicos usados em muitas tecnologias civis e militares.

Os dois países competem pelo domínio tecnológico global, uma disputa que foi particularmente agressiva durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021).

Trump lançou então uma guerra comercial com a China e espera-se que faça o mesmo em seu segundo mandato, que começa em 20 de janeiro. De fato, ele ameaçou aumentar as tarifas para incentivar as empresas a repatriar parte ou toda a sua produção para os Estados Unidos.

Por sua vez, em dezembro, o governo Biden restringiu ainda mais a exportação de chips e equipamentos de fabricação de chips para a China, citando riscos à segurança nacional dos EUA.

AFP