Sem acessórios, Moto Z se transforma em smartphone comum com preço alto

Bateria extra, caixa de som e câmera alternativa são trunfos do aparelho e explicam investimento; preço dos acessórios pode chegar a R$ 1.499

Desenvolvido para ser um dos smartphones topo de linha da Motorola, o Moto Z possui boas especificações de processamento, tela e câmera. Entretanto, o que realmente chama a atenção no celular são os acessórios que permitem aumentar a duração da bateria, projetar o que é exibido na tela ou melhorar o som por meio de alto-falantes, quando são conectados à parte traseira do aparelho. Praticamente obrigatórios para quem usa o dispositivo, os itens adicionais são o que tornam o preço do celular aceitável, mas contam com preços bem salgados em compras avulsas.

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Apesar de também contar com a versão Play, que oferece memória RAM e tela mais modestos, o aparelho avaliado será o Moto Z  padrão . O celular analisado pelo Brasil Econômico conta com 4 GB de RAM, processador de quatro núcleos com até 1.8 GHz e tela AMOLED de 5,5 polegadas. O modelo está disponível nas cores preto com grafite e branco com dourado. 

Moto Z é divulgado pela Motorola como o 'mais fino do mundo' e chama a atenção pela espessura de apenas 5,19 mm
Foto: Victor Hugo Silva/Brasil Econômico
Moto Z é divulgado pela Motorola como o 'mais fino do mundo' e chama a atenção pela espessura de apenas 5,19 mm




Acessórios

Entre os itens opcionais, os que mais se destacam são o JBL Soundboost , desenvolvido em parceria com uma das principais fabricantes de aparelhos sonoros do mundo, e o Moto Insta-Share Projector , que projeta imagens de alta qualidade em até 70 polegadas. No segundo caso, o acessório conta um botão para ajuste do foco e uma bateria própria de 1.100 mAh para poupar o smartphone. De acordo com a Motorola, o acessório oferece até 60 minutos de uso adicionais.

A fabricante também disponibiliza o Incipio offGrid Power Pack , uma bateria extra de 2.220 mAh com autonomia de até 20 horas, e o Hasselblad True Zoom , que simula o visual de uma câmera fotográfica e permite tirar fotos com o zoom óptico de até 10 vezes. O smartphone também possui suporte para as Moto Style Shells , que mudam a aparência do dispositivo e oferecem um pouco mais de segurança.

Os itens se conectam facilmente ao celular com a ajuda de 16 imãs presentes na parte traseira do Moto Z e permitem substituições rápidas. Entre os itens analisados em nossos testes, o que mais chamou a atenção foi o Insta-Share Projector, que oferece uma projeção com alta definição mesmo em salas iluminadas.

Foto: Victor Hugo Silva/Brasil Econômico
Base do Moto Insta-Share Projector força projeção a ficar um pouco mais alta que o desejado

A base usada para apoiar o acessório tem uma pequena falha por obrigar que as imagens da projeção fiquem um pouco mais altas do que o desejado, mas o fato não retira a funcionalidade do aparelho. De fato, o único problema dos acessórios é o preço, que varia de R$ 99, para as capas personalizadas, a R$ 1.499, para o projetor e o simulador de câmera.

Design

Divulgado pela Motorola como o "mais fino do mundo", o smartphone se destaca pela espessura de apenas 5,19 mm. Fabricado em alumínio e aço inoxidável, o aparelho também é bem leve, pesando cerca de 136 gramas. Apesar de oferecer praticidade, o tamanho do celular pode não oferecer a melhor experiência para quem não utilizar nenhum acessório. Em nossa análise, o dispositivo se tornou muito mais confortável com a inclusão de uma Moto Style Shell. A opção pelas capas personalizadas deu mais segurança e permitiu esconder as marcas de dedos que ficaram bastante evidentes na parte traseira.

As bordas em volta da tela permitem uma boa visualização de fotos e vídeo, tanto no modo vertical, quanto horizontal, e não impedem que o smartphone tenha um visor grande. O celular tem tela AMOLED de 5,5 polegadas com resolução de 1.440 x 2.560 pixels. O display também possui revestimento Gorilla Glass 4, que oferece proteção contra quedas em superfícies duras.

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O dispositivo possui três áreas de relevos principais. Entre elas, a lente da câmera, na parte traseira, os botões de volume, na área lateral, e o sensor de impressão digital, abaixo da tela. Usado para desbloquear o celular, o recurso pode ser acessado de forma rápida por usuários que configuraram as impressões digitais. Por outro lado, a posição dos botões de volume impede que as configurações sejam facilmente alteradas durante a utilização do aparelho, obrigando o usuário a usar a outra mão para aumentar ou diminuir o volume.

Configurações

Com processador Qualcomm Snapdragon 820 com quatro núcleos, sendo dois de 1.8 GHz e outros dois de 1.6 GHz, e memória RAM de 4 GB, o smartphone é um dos mais rápidos do mercado. O aparelho oferece ainda armazenamento de 64 GB e suporte para cartões de memória microSD de até 2 TB.

Ao desenvolver o aparelho, a Motorola embarcou no padrão de outras empresas e deixou a saída Micro USB para trás. O celular oferece apenas o USB-C, que deve ser usado tanto para o carregador, quanto para os fones de ouvido. O problema é que os dispositivo oferecido na caixa do aparelho ainda segue o tradicional padrão P2 . Na tentativa de corrigir o erro, a empresa oferece um adaptador que liga os fones ao aparelho, mas traz mais transtornos para os usuários, que precisam se preocupar com mais um item.

Em testes de benchmark, o smartphone apresentou razoável, mas ficou um pouco atrás de modelos como o iPhone 6 e o Galaxy A9. O AnTuTu, aplicativo que mede o desempenho de celulares, deu 59.374 pontos para o Moto Z e destacou o potencial de processamento do aparelho.

Câmeras

A resolução das imagens do Moto Z segue o padrão apresentado por outros smartphones, com 5 megapixels, na câmera frontal, e 13 MP, na câmera traseira, que consegue tirar fotos e gravar vídeos em 4K (2.160 x 3.840 pixels). O aparelho conta com estabilização de imagem ótica e autofoco a laser para permitir fotos mais nítidas em qualquer luminosidade.

Bateria

A bateria do smartphone tem desempenho abaixo do esperado quando smartphones da mesma faixa de preço são levados em consideração. Com 2.600 mAh, o aparelho tem autonomia de 24 horas de uso misto, de acordo com a Motorola. O perfil usado como base para o levantamento inclui tempos de uso e de espera e considera as configurações padrão do celular.

Sistema

Ponto forte dos smartphones da Motorola, o Android com poucas modificações ajuda o usuário que já está acostumado com o sistema. O Moto Z vem de fábrica com o Android 6.0.1 Marshmallow e já está fazendo a transição para a versão 7.0 Nougat.

Ficha Técnica (sem os acessórios)

Configurações: processador Qualcomm Snapdragon 820 quad-core de até 1,8 GHz, tela Super AMOLED de 5,5 polegadas Quad HD (2.560 x 1.440 pixels), 535 ppi), câmera traseira de 13 MP com Flash LED duplo e abertura de f/1.8, câmera frontal de 5 MP com Flash e abertura de f/2.2, 64 GB de armazenamento com suporte para cartão microSD de até 2 TB, memória RAM de 4 GB, bateria de 2.600 mAh, Android 6.0.1 Marshmallow, 4G, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 4.1, Dual Chip, USB-C.

Dimensões: 15,3 x 7,5 x 5,1 cm

Peso: 136 g

Preço: R$ 2.898