Com a linha iPhone 14, a Apple iniciou uma nova fase: agora, o modelo Pro vem com um processador mais rápido e inédito, e o modelo comum fica com o do ano passado. O esquema deve se repetir em 2023 com o iPhone 15: só a opção mais cara deve vir com um componente fabricado usando um processo de 3 nm, mais moderno.
As informações foram obtidas pelo jornal Nikkei Asia. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, o iPhone 15 virá com o chip A16 Bionic, o mesmo que este ano é exclusivo do iPhone 14 Pro. O iPhone 15 Pro, por sua vez, será equipado com o A17.
O chip a ser lançado em 2023 deve ser fabricado com o processo N3E, da TSMC, com litografia de 3 nm. Esta tecnologia deve estar disponível no segundo semestre do ano que vem. O atual A16 é construído em 4 nm, de acordo com a Apple.
Quanto menor a litografia, maior o número de transistores em um mesmo espaço. Em linhas gerais, isso significa que é possível aumentar o desempenho sem precisar fazer um chip maior. Além disso, o gasto de energia cai, ajudando na duração da bateria.
O N3E também pode ser usado em futuros chips da linha M, que fez sua estreia em 2020, com o M1, e tem sido usada até agora em Macs e iPads.
Apple quer aumentar vendas de iPhone Pro
A estratégia da Apple é alargar a distância entre a linha comum e a linha Pro dos iPhones. Com a chegada do iPhone 14 Plus, as duas famílias passaram a oferecer as mesmas opções de tamanho. Assim, o Pro tem que ter algo a mais para a empresa justificar seu preço.
Até então, a maior diferença entre os chips da versão regular e da versão Pro tinha sido o número de núcleos na GPU: o iPhone 13 tinha quatro, enquanto o iPhone 13 Pro, cinco.
Além do processador mais novo, o iPhone 14 Pro tem design diferente, com um recorte em forma de pílula na tela, menor que o notch dos modelos anteriores.
Desde a estreia do modelo Pro na linha iPhone 11, outra exclusividade é a câmera tripla, que inclui uma lente teleobjetiva.
Com esses recursos e o chip novo e exclusivo, a Apple espera que as vendas do modelo Pro cresçam.