Inteligência artificial encontra conexões entre obras de arte de diversas épocas

O algoritmo foi desenvolvido por MIT e Microsoft e consegue relacionar as obras por estilo, cor, linha cultural e outras características

Inteligência artificial relaciona obras de arte
Foto: shutterstock
Inteligência artificial relaciona obras de arte


Todo mundo já viu uma imagem ou obra de arte que, rapidamente, fez pensar em alguma outra coisa. Muitas vezes não sabemos explicar por que essa ligação é feita, mas algo nos dois objetos é responsável por isso. Às vezes é a cor, a forma ou até mesmo um tema semelhante.


Pensando nisso, pesquisadores do MIT e da Microsoft desenvolveram um algoritmo de  inteligência artificial  que combina pinturas do Museu Metropolitano de Arte, em Manhattan, e do Riksmuseum, em Amsterdam por meio dessas conexões ocultas. A inspiração foi uma exposição de museu holandês que uniu pinturas de autores diferentes por interpretações ou estilos semelhantes, como os quadros abaixo, no qual o homem e o cisne estão com posturas semelhantes.

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Foto: Reprodução
Algoritmo relacionou as duas imagens


O algoritmo é capaz de encontrar imagens semelhantes a uma selecionada a partir de uma consulta rápida. O exemplo mostrado foi de um vestido azul e branco. Ao ser utilizado, o software encontrou imagens em duas vertentes diferentes. Uma delas foi buscar fotos de trajes de culturas diferentes, enquanto a outra procurou figuras semelhantes em outros tipos de arte, como cerâmica, pintura, entre outras.

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Algoritmo relacionou diversas imagens


O MosAIc, como foi chamado, precisa apenas de uma imagem para encontrar outras estilísticas semelhantes. Segundo Mark Hamilton, principal autor do projeto, o maior desafio foi fazer o algoritmo encontrar não apenas imagens semelhantes em cor e estilo, mas também em significado e tema. Para conseguir isso, foi utilizado uma estrutura de dados chamada K-Nearest Neighbor, que coloca as várias imagens em uma estrutura em forma de árvore, ligando-as conforme a semelhança.

Além disso, os pesquisadores descobriram que esse método pode ser aplicado para descobrir limitações dos algoritmos de deepfake baseados em Rede Gerativa de Adversárias e onde eles falham. Apesar disso, ainda não está claro se ele pode determinar qual imagem é a original e qual é a falsa.