"Alguns políticos americanos querem nos matar", diz presidente da Huawei

Declaração foi feita por Rei Zhengfei em uma mensagem de despedida aos funcionários da subsidiária Honor, que foi vendida

Huawei acusa EUA de querer matar a empresa
Foto: Ascannio/Shutterstock
Huawei acusa EUA de querer matar a empresa

Em uma mensagem de despedida aos funcionários da Honor , subsidiária que produz smartphones de baixo custo e foi vendida em meados de novembro , o presidente da Huawei afirmou que políticos dos EUA querem "matar" a empresa.

Segundo a Reuters, em referência às sanções impostas contra a empresa pelo governo dos EUA , Ren Zhengfei afirmou: "onda após onda de severas sanções dos EUA contra a Huawei nos levaram a finalmente compreender: alguns políticos americanos querem nos matar, não apenas nos corrigir".

Embora confiante de que a Huawei conseguirá superar as dificuldades, o executivo afirmou que a empresa não queria arriscar o ganha-pão de "milhões" de funcionários da Honor. "Não queremos arrastar pessoas inocentes para a água só porque estamos sofrendo".

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Zhengfei também encorajou seus ex-funcionários a se tornar um concorrente da Huawei . Superar a empresa, disse ele "deverá ser seu slogan motivacional".

Dados da consultoria de mercado Canalys mostram que os produtos da Honor representam 26% dos 51,7 milhões de telefones entregues pela Huawei ao mercado entre julho e setembro deste ano. A marca também produz notebooks, tablets, Smart TVs e acessórios eletrônicos.

Por que vender?

A Honor foi vendida para um consórcio de mais de 30 agentes e revendedores que vai criar uma nova empresa, chamada Shenzhen Zhixin New Information Technology, para assumir os negócios.

Quando todo o processo for concluído, a Huawei não terá mais qualquer participação nos lançamentos da Honor. Quem controlará tudo a partir da assinatura do contrato será a nova empresa. De acordo com um comunicado divulgado pelo consórcio, a venda representa um "investimento orientado para o mercado feito para salvar a cadeia de indústria da Honor".

Desde o ano passado, a Huawei é acusada de espionagem pelo governo norte-americano. Vender uma de suas divisões pode ser a solução para que os aparelhos continuem sendo produzidos – principalmente porque, devido às sanções impostas pelo governo, a empresa encontra dificuldades para comprar componentes para fabricação de seus produtos.