Xiaomi desenvolve celular com câmera de 200 MP, diz vazamento

Lente estaria sendo produzida pela Samsung

Loja da Xiaomi no Shopping Ibirapuera
Foto: Divulgação/Xiaomi
Loja da Xiaomi no Shopping Ibirapuera



Segundo um post na rede social chinesa Weibo , a Xiaomi está trabalhando em um smartphone equipado com uma câmera com um sensor de 200 MP (200 milhões de pixels), quase o dobro do maior sensor atualmente no mercado, com 108 MP, que equipa aparelhos como seu próprio Mi 11 ou o Galaxy S21 Ultra , da Samsung .

A informação foi publicada pelo usuário “Digital Chat Station”, que já divulgou informações corretas sobre aparelhos da Xiaomi no passado. Acredita-se que o sensor será produzido pela Samsung, fornecedora de longa data da empresa.

Outro informante, o conhecido IceUniverse, afirmou em janeiro que a Samsung trabalha em muitos “sensores inovadores” para 2021, e que um modelo de 200 MP “chegaria em breve”. A própria Samsung já deu indicação de que trabalha em um componente com esta resolução, e que pensa além.

Yongin Park, vice-presidente executivo da divisão de sensores da empresa, já expressou que a companhia poderia criar um sensor de câmera com resolução “superior à do olho humano”, que é estimada em 576 MP. E em dezembro passado IceUniverse compartilhou um slide de uma apresentação interna da Samsung que menciona um sensor de 600 MP.

Entretanto, a tecnologia ainda parece estar longe de chegar às mãos dos consumidores: tal componente ocuparia 12% da área de um smartphone moderno, e o conjunto de lentes resultaria em um “calombo” de 22 mm (2,2 cm) na traseira do aparelho.

Nova geração de sensores

Recentemente a Samsung anunciou sua “segunda geração” de sensores de câmera , chamada Isocell 2.0 . Segundo a empresa, os componentes prometem “um padrão mais alto de fotografia”, que permite preservar “as melhores memórias com qualidade notável”, além de melhorar a sensibilidade à luz e reduzir a interferência de cores nas imagens.

O principal destaque desta geração é a substituição do material metálico que era usado para isolar uma célula (daí o nome ISOCELL) do sensor das outras, evitando interferência no sinal. Esse material absorvia parte da luz, o que resultava em perda de qualidade da imagem.

O novo sensor substitui o metal por um “novo material” que absorve menos luz. Com isso, mais informação luminosa é registrada, o que permite fotos mais claras e nítidas, mesmo em sensores com elementos (“pixels”) cada vez menores.