WhatsApp é a plataforma que mais desinforma brasileiros sobre Covid-19

No mundo, Facebook e Instagram ficam no topo do ranking

WhatsApp lidera ranking de fake news
Foto: Unsplash/Alexander Shatov
WhatsApp lidera ranking de fake news

O WhatsApp no Brasil parece ser o rei da desinformação quando o assunto é Covid-19 nas plataformas digitais. O mensageiro é o principal meio de compartilhamento de notícias falsas sobre a pandemia na internet.

A pesquisa foi feita pelo Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo da Universidade de Oxford. No Brasil, a 40% dos entrevistados disseram ter encontrado fake news na plataforma de mensagens na semana anterior ao estudo.

WhatsApp e a desinformação

Um dos motivos que ajuda o WhatsApp a ser esse motor de desinformação é o fato de o conteúdo muitas vezes ser fechado em grupos de pessoas que compartilham do mesmo pensamento, o que torna essa parcela mais propensa a acreditar em noticias falsas.

A pesquisa ainda mostrou que a maioria dos usuários do WhatsApp considera as informações compartilhadas ali mais seguras do que as vindas de outras plataformas, como o Twitter ou o Facebook .

O estudo abordou a situação em oito países e o Brasil foi onde teve a maior parcela de pessoas buscando informações sobre a Covid-19 nas redes sociais . Além do WhatsApp, outra grande fonte de desinformação foi o YouTube na Coreia do Sul, que ficou em segundo no ranking. O Brasil ainda foi o único país onde o mensageiro apareceu de forma isolada como o ambiente de maior compartilhamento de notificas falsas. Na Argentina, o app de mensagens ficou empatado com as redes sociais e nos outros países as redes ou o YouTube ficaram nas primeiras colocações.

No geral, somando os dados de todos os países estudados, o Facebook (e sua outra rede, Instagram ) é o ambiente em que o maior número de desinformação sobre a Covid-19 circula, sendo responsável por cerca de 30% do tráfego de fake news. Apps de mensagens, como o WhatsApp , ficam em segundo, com 26% e outras plataformas, com o YouTube e o Google , em terceiro, com 23%.