Nova espécie de titanossauro é encontrada na Patagônia Argentina
Augusto Dala Costa
Nova espécie de titanossauro é encontrada na Patagônia Argentina

Paleontólogos argentinos encontraram uma nova espécie de titanossauro na Patagônia , na província de Neuquén, mudando as concepções sobre o grupo de dinossauros gigantes da região. O titã pescoçudo foi nomeado como Bustingorrytitan shiva e viveu na idade Cenomaniana, do final do Período Cretáceo, há cerca de 95 milhões de anos.

Os titanossauros fazem parte do maior grupo de animais terrestres que já pisaram sobre a Terra — cinco espécies desse clado chegavam a ter uma massa de 50 toneladas ou mais, e destas, quatro habitaram a Patagônia. Elas eram:

  • Patagotitan mayorum ;
  • Argentinosaurus huinculensis ;
  • Puertasaurus reuili ;
  • Dreadnoughtus schrani ;
  • Notocolossus gonzalezparejasi (que não viveu na Patagônia, mas sim na bacia de Neuquén).

Só um deles, o Dreadnoughtus schrani , deu à ciência um úmero (osso do braço) e um fêmur (osso da perna) do mesmo indivíduo, o que permite estimar a massa corporal a partir de equações de escala, um método confiável para os tetrápodes quadrúpedes, como os dinos estudados.

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Titanossauros na Argentina

Foram encontrados os fósseis de pelo menos quatro B. shiva na Formação Huincul, sítio paleontológico de Villa El Chocón, na Argentina. Um dos esqueletos estava praticamente completo, enquanto os outros eram apenas restos.

A massa corporal estimada da espécie ficam em 67,3 toneladas, e ela foi encontrada na mesma camada geológica que outros titãs do passado, como o primeiro titanossauro realmente gigante descrito, o Argentinosaurus huniculensis .

Além de revelar mais sobre a anatomia desse grupo de animais, a descoberta também revela mais sobre sua história evolucionária — os titanossauros gigantes foram importantes para a fauna da Patagônia durante o Cretáceo por quase 50 milhões de anos. Há cerca de 94 milhões de anos, diversos dinossauros “pescoçudos” diplodocoides, incluindo muitos titanossauros, entraram em extinção.

Alguns, no entanto, sobreviveram até o final do Cretáceo, como os grupos saltasauroides e lognkosauros, como os gigantes N. gonzalesparejasi , mas só no sul da Patagônia — no norte, nenhum gigante (ou seja, com mais de 50 toneladas métricas) foi encontrado.

O B. shiva , ao que parece, não sobreviveu, já que estava no norte da Patagônia, com restos um milhão de anos mais antigos do que a extinção de seu grupo. Ele é, mesmo assim, uma demonstração muito interessante da diversidade dos gigantes e sua evolução no sul do mundo há 100 milhões de anos.

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