Dia da Mulher: participação feminina chega a 49% na ciência brasileira
Fidel Forato
Dia da Mulher: participação feminina chega a 49% na ciência brasileira

Nesta sexta-feira (8), é celebrado o Dia Internacional das Mulheres. Desde o princípio, elas contribuem com as mais inovadoras descobertas científicas, mesmo que esse envolvimento tenha sido acobertado por inúmeros fatores . Ainda são minoria nos laboratórios, mas, no caso brasileiro, têm ocupado cada vez mais espaços. A participação feminina na produção de conhecimento científico, como autoras de artigos, cresceu 29% nos últimos 20 anos.

Em 2002, o percentual de mulheres entre os autores de publicações científicas no Brasil era de 38%. Em 2022, a porcentagem saltou para 49%, segundo o relatório Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil , da Elsevier-Bori.

Mulheres nas ciências exatas

Inclusive, a participação das mulheres cresceu em disciplinas “dominadas” historicamente por homens, como as áreas associadas à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (Stem). Há 20 anos, elas contribuiam com 35% dessas publicações. Atualmente, são responsáveis por 45%.

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No entanto, o relatório aponta para a redução na velocidade em que as mulheres são incorporadas à produção do conhecimento científico . Outro problema é que a participação feminina só está próxima da equidade na faixa etária dos mais jovens.

Isso porque a contribuição das mulheres por "idade acadêmica" cai de 51%, entre os mais jovens (com até 5 anos de formação), para 36%, entre cientistas mais experientes (com mais de 21 anos).

Mulheres, mundo e ciência

Hoje, o Brasil ocupa a terceira posição de países com maior participação feminina na ciência, entre as 19 nações analisadas, incluindo Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. Em termos de colaboração, as brasileiras (49%) ficam atrás apenas das argentinas e portuguesas, com 52%.

“São resultados encorajadores ao constatar que nas gerações mais recentes vem crescendo a participação feminina”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da América Latina da editora Elsevier, em nota. Entretanto, “ainda temos desafios a superar nos aspectos de participação nas Exatas e de participação entre as gerações mais experientes”, completa.

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