Crítica A Mãe da Noiva | Mais uma comédia romântica sem graça e sem charme
Paulinha Alves
Crítica A Mãe da Noiva | Mais uma comédia romântica sem graça e sem charme

Nos últimos anos, a Netflix teve bons acertos quanto o assunto eram comédias românticas. Dos hits Para Todos os Garotos que Já Amei , passando por Meu Eterno Talvez e o mais recente Pedido Irlandês , não foram poucas às vezes em que a plataforma conseguiu misturar romance e humor de uma maneira inteligente, conquistando sem esforço o público do gênero.

Infelizmente, isso não é o mesmo que podemos dizer de A Mãe da Noiva , novo rom-com do streaming protagonizado por Brooke Shields ( A Lagoa Azul ). Embora seja revigorante ver uma comédia romântica estrelada por uma atriz do alto dos seus 58 anos , o filme é só mais uma história genérica sem pé nem cabeça sobre um desencontro amoroso que dá certo anos depois.

Ainda que conte com alguns nomes bem conhecidos em seu elenco, que ajudem a fisgar a atenção do público em um primeiro momento, nada é muito convincente ou mesmo engraçado no título. Uma história inegavelmente bem produzida, mas sem graça e sem charme, que não inspira muitas emoções.

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Um reencontro inusitado

Assim como o próprio Pedido Irlandês , Ingresso para o Paraíso ou até mesmo o clássico O Casamento do Meu Melhor Amigo , A Mãe da Noiva é uma longa-metragem dirigido por Mark Waters ( Meninas Malvadas ) sobre uma história de amor que acontece tendo um casamento como pano de fundo. Um tropo bastante explorado no cinema e que, como é possível ver pelos próprios filmes citados, já conseguiu render excelentes histórias.

Dessa vez, a trama segue os passos de Emma, uma geneticista surpreendida pela notícia de que sua jovem filha vai casar. O filme, que tenta vender a ideia de que as duas personagens são bastante próximas, já dá as suas primeiras escorregadas aí, pois mostra que quando Lana decide contar a novidade para a mãe, Emma nem sabia que a filha tinha namorado ou vinha trabalhando como influencer.

Superado o choque inicial da notícia e de que o casamento já está marcado para o próximo mês, Emma decide então apoiar a decisão da filha. Uma escolha que se torna mais complicada depois que ela chega no resort em Phuket, na Tailândia, onde será realizada a cerimônia e descobre que o pai do noivo é Will (Benjamin Bratt), seu ex-namorado da faculdade.

Primeiro grande amor de sua vida, Will foi embora sem dar nenhum motivo, deixando Emma com o coração destruído e sem entender o que aconteceu. Uma separação que até hoje mexe com seus sentimentos e que a faz ficar desnorteada agora que reencontrou sua antiga paixão.

A partir daí, como já era de se esperar, Emma que é viúva e Will que é separado passam a viver uma história de amor cheia de altos e baixos, em que tentam acertar os ponteiros do que aconteceu no passado e dar uma nova chance para o amor que sentem um pelo outro. Isso, é claro, sem falar de Emma e Lana, que passam por algumas provações no relacionamento mãe e filha, agravadas pelo apressado casamento da jovem.

Uma trama nada cativante

Colorido e visualmente muito bonito, A Mãe da Noiva é um filme bastante genérico e que não diz muito a que veio. Embora seja interessante ver os holofotes da história colocados na mãe da noiva e não na própria jovem que vai casar, as cenas do filme parecem todas forçadas e Brooke Shields, em especial, não parece muito confortável no papel.

Para piorar, da metade em diante, o título toma uma direção bastante confusa, especialmente no que envolve o relacionamento de Emma e Lana. Se em um primeiro momento o filme faz parecer que Emma está preocupada com o fato da filha decidir se casar às pressas, isso logo é esquecido e as duas passam a se desentender devido ao trabalho de influencer da jovem.

Ainda que Miranda Cosgrove ( iCarly ) seja uma ótima surpresa no papel, o roteiro para sua personagem e as decisões que ela toma não ajudam muito a atriz, que parece ter que assumir diferentes personalidades ao longo da história.

Chad Michael Murray ( One Tree Hill ), por sua vez, ator que dá vida ao responsável médico Lucas, também acaba sendo mal explorado e, nas poucas cenas em que seu personagem parece ganhar algum brilho, sua participação é precipitadamente interrompida.

Chato, previsível e sem nenhuma piada realmente engraçada, A Mãe da Noiva com certeza não vai se juntar ao hall das comédias românticas icônicas do streaming. Embora histórias de amor vividas por personagens que já passaram da casa dos 50 seja um filão que Hollywood definitivamente deveria adotar, esse com certeza não é um título que vai encabeçar a lista de boas referências no assunto.

A Mão da Noiva pode ser assistido no catálogo da Netflix.

Leia a matéria no Canaltech .

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