Moscas cavam até 2 metros de profundidade atrás de cadáveres

Uma espécie de inseto conhecido como mosca-do-caixão consegue farejar cadáveres a quilômetros e cavar por metros para encontrá-los, entrando até em caixões

Foto: Augusto Dala Costa
Moscas cavam até 2 metros de profundidade atrás de cadáveres

Muitos de nós, após morrer, seremos postos em um caixão e enterrados sob a Terra — presumivelmente, livre de predadores e outros possíveis profanadores de túmulos. Se é isso que você, pensava, tente pensar novamente: moscas conseguem cavar até 2 metros de profundidade e entrar em caixões para comer e pôr ovos nos cadáveres.

A mestra da infiltração é conhecida como mosca-do-caixão ( Conicera tibialis ), e é justamente a fêmea da espécie que faz o esforço de buscar corpos tão fundo. Cadáveres enterrados por até 18 anos já mostraram sinais de ocupação pelo inseto quando foram exumados, e restos preservados da mosca já foram vistos em túmulos dos tempos da Roma Imperial .

O corpo de qualquer animal morto , quando deixado ao ar livre, se decompõe de maneira previsível na natureza. Diversas criaturas necrófagas, ou seja, que se alimentam de cadáveres, começarão a chegar, e as moscas são os primeiros participantes do banquete fúnebre.

-
Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.
-

Moscas e mortos

Segundo contou Erica McAlister, Curadora Sênior de Diptera (ordem de insetos que inclui as moscas e os pernilongos ) no Museu de História Natural de Londres ao site IFLScience , moscas conseguem farejar um cadáver a até 7 km de distância em um dia bom e com condições de vento favoráveis. Enterrou o corpo ? Elas também conseguem.

E a ordem de aparição também difere: a primeira espécie a aparecer é a das moscas-varejeiras ( Calliphoridae ), seguidas, em geral, pelas moscas-domésticas ( Musca domestica ) e moscas-da-carne ( Sarcophagidae ), com a probabilidade de alguns besouros e mariposas, talvez percevejos.

Por fim, há algumas espécies de mosca que preferem ossos e pele, e que acabam chegando por último. A lição do dia é que não importa o quanto tentemos, não há como escapar dos pequenos, mas ardilosos, insetos necrófagos.

Leia a matéria no Canaltech .

Trending no Canaltech: