Pela primeira vez, cientistas da Universidade de Turku, na Finlândia. observaram o buraco negro vizinho daquele no coração da galáxia OJ 287. O objeto supermassivo orbita o outro, que é menor, mas mesmo assim é consideravelmente maior que Sagittarius A*, o buraco negro no centro da Via Láctea.
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O sistema binário em questão é formado por um buraco negro com 18 bilhões de massas solares, enquanto o outro tem 150 milhões de massas solares — para comparação, considere que ele é 40 vezes mais massivo que Sagittarius A* . Buracos negros como estes são cercados por discos de acreção feitos de matéria a caminho de ser devorada.
Se o disco for perturbado, ocorre uma emissão luminosa. Assim, os astrônomos já suspeitavam da presença do outro objeto ali devido às emissões da galáxia, que só podiam ter vindo das interações entre ambos. A má notícia é que não é possível prever quando alguma explosão do tipo iria acontecer.
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Por isso, os astrônomos da universidade passaram 40 anos de olho em OJ 287, e conseguiram flagrar uma emissão em 2021. Depois, outros astrônomos decidiram usar o telescópio TESS , da NASA , para observar a galáxia por 80 dias.
O TESS não estava sozinho, e contou também com o telescópio de raios X Swift na missão. Deu certo: o Swift flagrou uma emissão luminosa no momento certo, e os dados confirmaram que os buracos negros estavam presos em uma dança orbital.
Como o buraco negro menor orbita o maior inclinado em relação do plano do disco de acreção, ele atravessa esta estrutura duas vezes a cada órbita. Assim, os autores acreditam que a primeira emissão veio da região ao redor do buraco negro menor quando atravessou o disco do seu vizinho.
Mauri Valtonen, professor da universidade, conta que os buracos negros parecem estar tão próximos um do outro no céu que pareciam ser um só ponto quando foram vistos pelos telescópios. "Só se virmos claramente sinais separados de cada buraco negro é que poderemos dizer que realmente 'vimos' os dois”, acrescentou.
A equipe conseguiu outro resultado interessante: ao observar a galáxia em todo o espectro eletromagnético, eles perceberam que as órbitas dos objetos devem ter produzido ondas gravitacionais na frequência de nano-Hertz. As ondas devem estar afetando o ritmo de emissões de pulsares, e os autores esperam conseguir detectar estas mudanças.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astrophysical Journal Letters .
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