Você sente que estão todos adoecendo com mais frequência depois que a pandemia aconteceu? Não é uma mera impressão. Uma análise feita pela empresa de saúde Airfinity em parceria com o Bloomberg mostra que 40 países relatam surtos dez vezes superiores aos níveis pré-pandêmicos em pelo menos 13 doenças transmissíveis.
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O estudo reúne dados de mais de 60 organizações e agências de saúde pública, e leva a crer que os surtos atuais podem ser atribuídos a três fatores principais: queda nas taxas de vacinação, declínio geral na imunidade da população durante os anos de pandemia e as mudanças climáticas .
As doenças incluídas na análise são catapora, cólera, dengue, sarampo, pneumonia por Mycoplasma, parvovírus B19, estreptococo invasivo do grupo A, coqueluche, gripe, vírus sincicial respiratório (RSV), poliomielite e tuberculose.
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"Esta inclusão baseia-se na observação de que certas doenças apresentaram um número de casos já superior nos primeiros meses de 2024 do que em qualquer outro ano desde o abrandamento da pandemia, por vezes ultrapassando os níveis pré-pandêmicos", diz a Airfinity, em comunicado.
"Nesses casos, a variação da dobra é calculada com base nos casos acumulados no ano para 2024, com a expectativa de que estes números aumentem à medida que mais dados de meses estiverem disponíveis", pontua.
Queda na vacinação
Segundo a pesquisa, a queda na vacinação tem deixado as populações vulneráveis e permitido a propagação dos agentes patogênicos. "A cobertura global da vacinação contra o sarampo diminuiu, com 20 países na Europa a cair abaixo dos 90% em 2022, incluindo o Reino Unido (87%), que atravessa actualmente um surto nacional", diz a análise.
A equipe também lança o alerta de que a Áustria está no seu pior surto de sarampo: os casos nos primeiros cinco meses de 2024 já são 190% superiores ao pico pré-pandemia.
Enquanto isso, a Dinamarca, a Bósnia, o Canadá, a Irlanda e os Países Baixos estão no caminho para ultrapassar os níveis pré-pandémicos.
A estimativa da Airfinity é que a França, Noruega e Reino Unido ultrapassem em breve os níveis pré-pandemia de coqueluche.
Declínio na imunidade
O relatório diz que as restrições às interações sociais suprimiram a circulação de patógenos como influenza, vírus sincicial respiratório (RSV), Mycoplasma pneumoniae e estreptococos invasivos do Grupo A.
"O ressurgimento atual pode ser atribuído em grande parte às populações mais suscetíveis, bem como ao aumento dos testes e da notificação de casos após a pandemia", diz a empresa.
O estudo menciona que o total de casos de gripe nos EUA na última onda foi 28% superior ao de 2019, enquanto na Europa, o total de casos de gripe na época passada foi 75% superior ao de 2019.
Mudanças climáticas
Já no que diz respeito às mudanças climáticas, permitem a propagação de doenças como a dengue e a cólera, e a aumentar o alcance em novos territórios. É o caso da Europa . Com o aquecimento global, os mosquitos procuram um lar em mais regiões, com surtos ocorrendo em áreas onde as pessoas não são preparadas imunologicamente.
Fator | Doença | Vacina | Áreas afetadas |
Queda na vacinação | Tuberculose | Sim | África, América Central, América do Sul, Sudeste Asiático |
Queda na vacinação | Sarampo | Sim | África, Oriente Médio, Ásia Central, Europa |
Queda na vacinação | Coqueluche | Sim | Europa e Ásia Oriental |
Queda na vacinação | Poliomielite | Sim | África Central, África Oriental, Indonésia, Iêmen |
Declínio na imunidade | Influenza | Sim | Hemisfério Norte |
Declínio na imunidade | Vírus sincicial respiratório | Limitada | Hemisfério Norte |
Declínio na imunidade | Catapora | Limitada | Europa, Índia, Emirados Árabes Unidos |
Declínio na imunidade | Estreptococo | Não | Austrália, Europa Setentrional, EUA, Canadá, Japão |
Declínio na imunidade | Pneumonia | Não | China, Dinamarca, Países Baixos |
Declínio na imunidade | Eritema (eritrovírus B19) | Não | Europa, Israel |
Mudanças climáticas | Dengue | Limitada | Ásia, América, Europa Meridional |
Mudanças climáticas | Cólera | Sim | Haiti, Síria, África Oriental |
Resumidamente, as pessoas realmente adoecem com mais facilidade desde que a pandemia acabou. Pode não ser apenas uma questão de impressão.
Leia a matéria no Canaltech .
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