Julian Assange está, enfim, livre: aos 52 anos e depois de mais de cinco anos preso, o fundador do WikiLeaks retornou ao seu país natal, a Austrália, nesta quarta-feira (26). Após selar acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado por espionagem, ele desembarcou na capital Camberra por volta das 19h (horário local) a bordo de um jato particular e foi recebido por sua esposa, Stella Assange, seu pai, John Shipton, e outros apoiadores.
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A libertação do fundador do WikiLeaks encerra uma disputa de 14 anos tribunais. Vale lembrar que o jornalista estava privado de sua liberdade desde 2012, quando se abrigou na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde era investigado por agressão sexual — o que ele nega. O temor do jornalista era de que sua detenção o levaria em último caso a ser preso nos EUA, onde havia um pedido de extradição em seu nome.
Assange foi preso em 11 de abril de 2019 pela polícia britânica dentro da embaixada equatoriana . Desde então, ele permaneceu preso no Reino Unido até a última segunda.
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O acordo
Assange deixou uma prisão de segurança máxima no Reino Unido na segunda (24) rumo à ilha Saipan, localizada no Pacífico, especificamente nas Ilhas Marianas do Norte, que pertencem aos Estados Unidos. O acordo entre Assange e a Justiça dos EUA foi reconhecido em uma audiência com duração aproximada de 3 horas e envolveu uma sentença de prisão de 62 meses, tempo de pena já cumprido pelo criador do WikiLeaks.
A negociação entre defesa e procuradoria foi aceita pela juíza Ramona Villagomez Manglona, que considerou "justo" e "razoável" que os cinco anos e dois meses durante os quais Assange esteve preso em solo britânico sejam aceitos como cumprimento da pena. Com isso, o jornalista australiano está legalmente livre.
Espionagem
Assange foi condenado por violar a Lei de Espionagem dos Estados Unidos, acusação da qual ele se considerou culpado. Entretanto, em sua fala no tribunal, o jornalista disse acreditar que as divulgações de conteúdo classificado (secreto) por parte de sua organização estavam amparadas pela 1ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante as liberdades de imprensa e de expressão.
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