Um dos maiores problemas para a indústria brasileira de software é a pirataria. Segundo estudo realizado pela Business Software Aliance (BSA), quase metade dos softwares instalados no Brasil não são licenciados.
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A pirataria de softwares faz com que os sistemas fiquem mais vulneráveis, além de favorecer a incidência de ataques cibernéticos, o que gera assim um prejuízo superior a US$ 300 bilhões em todo o mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Software. Só na América Latina, estes valores giram em torno de US$ 5,8 bilhões.
De acordo com especialistas, o mercado informal e a comercialização de produtos piratas são um retrocesso para o desenvolvimento do Brasil e a sua participação e consolidação no cenário internacional, pois o País está acima da média global neste índice.
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“No setor de TI a cópia ilegal de um sistema ou software inviabiliza a remuneração dos fabricantes para investirem na melhoria dos produtos. Todos perdem com isso. Observamos a diminuição nas ofertas de empregos na área e as instituições federativas não arrecadam. O resultado é que as empresas estrangeiras e nacionais não se sentem seguras para investir em tecnologias e no desenvolvimento de novos produtos”, aponta Gustavo Rodrigues, arquiteto de Soluções da maisDADOS Tecnologia,
Investimento
Segundo Magno Souza, diretor técnico da Projelet ECOM, empresa de projetos de instalações de sistemas prediais, a pirataria contribu para a concorrência desleal entre as empresas. “Nos últimos anos, investimos mais de R$ 200 mil na atualização de sistemas. Esse valor tem que ser diluído em nossos serviços e encarece nosso trabalho. O problema é que esse fato não possui efeito direto para os clientes, que na maioria das vezes não procuram saber se nossos programas são legalizados”, diz.
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O investimento em software é contínuo porque a maioria precisava de renovação periódica, explica Souza. Estes investimentos acabam sendo prejudicados pela pirataria. “Hoje, a maioria dos sistemas operacionais são alugáveis, exigindo investimentos cíclicos. Um exemplo é o Revit da Autodesk, software para a arquitetura criado dentro do conceito de Modelagem das Informações de Construção (BIM). Só com ele são R$ 6 mil por ano. Há situações em que os gastos são em todos computadores e por isso chega a custar R$ 45 mil”, conclui.