Um juiz de Nova York decidiu que a Polícia não poderá obrigar a Apple a ajudar a desbloquear um iPhone que pertenceu a um traficante de drogas. A decisão contraria o pedido do FBI para que a empresa desbloqueie um celular que pertenceu a um dos jihadistas responsáveis pelo atentado em San Bernardino, que deixou 14 mortos em dezembro.
A Justiça da Califórnia, no entanto, quer que o aparelho seja desbloqueado para que possa ter acesso aos dados de Syed Farook, que, junto com sua esposa, Tashfeen Malik, realizou o atentado. O celular de Farook está protegido por uma senha e após 10 tentativas fica bloqueado completamente, por isso a Justiça precisa da ajuda da empresa.
As autoridades acreditam que os dados dentro do aparelho podem ajudar a esclarecer fatos ainda obscuros sobre a ação, assim como revelar se existem mais pessoas envolvidas no caso. A Apple, por sua vez, acredita que a ação pode abrir um precedente perigoso e colocar a segurança de seus usuários em risco.
Em entrevista para o ABC News , Tim Cook, CEO da Apple, disse estar preparado para levar o caso à Corte Suprema de Justiça e que tentará conversar sobre o assunto com o presidente Barack Obama. "Acho que algo tão importante para o país não deveria ser conduzido desta maneira", opinou Cook.