Ao mesmo tempo em que é centro de polêmicas por conta de notícias falsas, o Facebook  pode se envolver em outra discussão sobre privacidade. De acordo com o jornal The New York Times, a rede social está desenvolvendo uma ferramenta para fazer alguns posts desaparecerem do feed de usuários de determinados países. Com a autorização de Mark Zuckerberg, o recurso teria sido criado para ajudar a plataforma a retornar ao mercado chinês após sete anos de bloqueio.

Segundo o jornal, Facebook não pretende ocultar publicações por conta própria, mas passar serviço para outras compahias
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Segundo o jornal, Facebook não pretende ocultar publicações por conta própria, mas passar serviço para outras compahias

Segundo o jornal, o Facebook não pretende ocultar as publicações por conta própria. A ideia seria oferecer um software para empresas chinesas monitorarem os assuntos mais populares conforme a atividade dos usuários. Os parceiros da rede social teriam controle para decidir quais posts poderiam aparecer no feed. O recurso ganhou força no último ano quando diversos engenheiros da empresa se juntaram ao vice-presidente Vaughan Smith.

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Como lembra o jornal, a rede social já fez restrições de conteúdo em outros países, como Paquistão, Rússia e Turquia, ao bloquear conteúdos após solicitação de governos. Entre julho e dezembro de 2015, a plataforma atendeu a 55 mil pedidos de bloqueio de cerca de 20 países. A diferença, neste caso, é a possibilidade de prevenir a exibição de posts em feeds.

Os funcionários da rede social lembram que este é apenas um das ideias que a empresa já teve para entrar no mercado chinês. A maioria delas, no entanto, não saiu do papel. O desenvolvimento da ferramenta de censura não vem recebendo o apoio de todos na plataforma. De acordo com o jornal americano, diversos funcionários que estavam trabalhando no projeto deixaram a empresa após discordarem de pontos importantes.

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As dificuldades do Facebook para se estabelecer na China não são inéditas. Durante alguns anos, companhias como o Google e o Twitter permaneceram bloqueadas por se recusarem a atender às demandas do governo chinês. Outras plataformas, como o LinkedIn, aceitaram censurar parte de seu conteúdo para usuários chineses. O atual momento das empresas de internet no país podem não contribuir com a empreitada da plataforma de Mark Zuckerberg. Em agosto, o Uber deixou de atuar na China e vendeu sua operação no país para o serviço concorrente, Didi Chuxing.

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