Em encontro com analistas e imprensa em Berlim na última quinta-feira (30) Susan Wojcicki, diretora-executiva do YouTube, disse que a plataforma aplicou muitas mudanças após perder uma série de anunciantes devido ao posicionamento de algumas publicidades, que foram colocadas junto de vídeos com conteúdo ofensivo.
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Entre as melhorias, Susan afirmou que houve uma maximização na capacidade da plataforma em de perceber e deletar conteúdos de cunho racista e xenófobo. Além disso, o YouTube passou a oferecer novas opções para que os anunciantes tenham maior controle sobre os vídeos em que suas publicidades são apresentadas.
Susan se mostrou otimista após as declarações. A diretora-executiva disse acreditar que as empresas passarão a se sentir mais confortáveis com as alterações feitas pela plataforma. Ela falou também sobre a dificuldade para encontrar o equilíbrio e, dessa forma, evitar tanto a promoção da censura quanto uma permissão excessiva.
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A diretora exemplificou esta política com uma situação em que um vídeo foi amplamente denunciado por uma série de usuários, simplesmente por conter conteúdo LGBT, mas que a empresa manteve o conteúdo no ar.
De acordo com Susan, a plataforma segue todas as regulamentações vigentes nos países. Além disso, ela também afirmou que a empresa tem suas próprias regras internas, que impedem, por exemplo, o upload de vídeos que apresentem violência ou pornografia.
Na última semana, o presidente do Google para Europa, Oriente Médio e África, Matt Brittin, já havia pedido desculpas em nome da empresa pelo posicionamento das publicidades em vídeos de teor ofensivo. "Eu gostaria de me desculpar com os parceiros e anunciantes que foram afetados pelos seus anúncios aparecendo em conteúdo controverso", falou.
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Pela situação, a empresa perdeu uma série de anunciantes grandes. PepsiCo, Starbucks, General Motors e Walmart foram os últimos quatro. “Estamos profundamente preocupados e terrivelmente desapontados que alguns dos nossos anúncios de marca tenham aparecido ao lado de vídeos que promovem ódio e que são ofensivos", afirmou a PepsiCo. Além destas companhias, McDonald's, Audi, Johnson & Johnson, HSBC e Marks & Spencer também deixaram de anunciar no YouTube.