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Você, provavelmente, já recebeu de alguém de sua lista de contatos no WhatsApp uma link para uma promoção, certo? Se ainda não teve contato com nenhuma delas, saiba que as mensagens se tratam de um golpe. Os cibercriminosos enviam supostas vantagens para os consumidores em lojas conhecidas. Entre as campanhas mais recentes, estavam vales-presente na perfumaria O Boticário e um brinde em nome da marca de chocolates Kopenhagen  prometendo um ovo de Páscoa de graça. Em ambos, as promessas eram falsas.

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O golpe foi propagado desde o fim da última semana e já afetou milhares de brasileiros, que clicaram no link disseminado no aplicativo de mensagens. Mas como esse tipo de campanha afeta a vida dos usuários que, interessados no que é oferecido, seguem à risca o que é solicitado pelos criminosos no WhatsApp ? Para Luiz Fernando Silva, sócio da ITSafe Tecnologia, empresa especializada em redes de computadores, as pessoas ficam completamente reféns dos hackers nessa situação.

Em muitas ocasiões, mensagens pedem que vítima compartilhe mensagem com grupo de contatos do WhatsApp
Pixabay/Creative Commons
Em muitas ocasiões, mensagens pedem que vítima compartilhe mensagem com grupo de contatos do WhatsApp

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"Ela acessa o link que recebeu, atende às expectativas que é responder a um questionário ou apenas clicar no endereço enviado. Geralmente há a transmissão em background [segundo plano] de um código malicioso para o dispositivo que o usuário está naquele momento, seja computador, celular ou tablet. Nesse momento todos os dados são criptografados", explica.

Na maioria das situações, as mensagens pedem que aquele que deseja receber o brinde compartilhe o conteúdo com seu grupo de amigos. A ideia é atingir sua rede de relacionamentos e fazer o golpe chegar a mais pessoas. No entanto, isso não significa que todos que receberem a mensagem serão hackeados. A campanha maliciosa atinge apenas aqueles que efetivamente abrirem o link e seguirem o que a página determina. De acordo com Luiz Fernando, os hackers costumam pedir uma espécie de resgate pelos dados roubados.

"A remição dessas informações se dá quando eles pedem a doação de uma quantia financeira, mas em moeda virtual, que se chama Bitcoin . A vítima acessa o site e 'doa’ para uma conta, um crédito, o valor solicitado. Atualmente um Bitcoin está em aproximadamente US$ 1,2 mil", afirma o especialista. Portanto, trata-se de um sequestro de informações em que o usuário negocia com o criminoso para voltar a acessar suas informações.

De acordo com o especialista, ao realizar o golpe, o cibercriminoso não fica com os dados, efetivamente, mas bloqueia o acesso do usuário e se torna um intermediário na comunicação entre o proprietário do smartphone e as informações. A orientação é que o usuário não abra links no WhatsApp, e-mail ou redes sociais que prometam vantagens. "Cabe o bom senso também. Quando o milagre é demais, desconfie do santo. Quando a oferta é tentadora, e aparece sem precedentes, cabe atenção maior", orienta o especialista.

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