Brasil Econômico

Na última terça-feira (6) o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Alexandre Ywata, informou cerca de 11,6 milhões de domicílios do País podem pagar pelo acesso à banda larga – tanto fixa quanto móvel, mas que não utiliza os serviços por conta da sua indisponibilidade em suas localidades.

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“Se você leva a internet à população com baixo IDH e não tiver mercado, não tiver demanda, é um investimento perdido, com gastos não produtivos
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“Se você leva a internet à população com baixo IDH e não tiver mercado, não tiver demanda, é um investimento perdido, com gastos não produtivos", afirma presidente da Ipea

A declaração foi feita no workshop Subsídios à Formulação da Estratégia de Universalização do Acesso à Internet, a qual é realizada na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília. De acordo com o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, o objetivo da apuração era possibilitar que a instituição pública definisse do melhor modo possível para onde levar a universalização da banda larga , se nas regiões populosas ou com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O que foi decidido?

De acordo com a pesquisa, uma expansão do acesso à internet – construção de 20 mil quilômetros de fibra óptica - onde se prioriza municípios com maior população gera maior efeito quantitativo em relação ao número de pessoas do que se forem priorizadas as cidades com menor IDH.

Na análise do conselheiro da Anatel, Igor de Freitas, caso fosse usado apenas o IDH como critério de universalização, os resultados seriam os piores, visto que Índice deve ser analisado em conjunto com o tamanho da população e com a sua respectiva capacidade financeira.

Ao compartilhar da mesma ideia, Lozardo afirmou  que “se você leva a internet à população com baixo IDH e não tiver mercado, não tiver demanda, é um investimento perdido, com gastos não produtivos. Ao passo que se for para uma população maior, que tem uma demanda garantida, tem uma rentabilidade maior para o investimento”.

A fim de destinar modelos distintos de política pública , o Ipea optou por dividir o Brasil em seis grupos que vão desde municípios urbanos com maior renda – o que inclui São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, até cidades semi-urbanas de renda média e municípios rurais pobres, como respectivamente Santarém e Cametá.

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Como será implantado

O secretário de Telecomunicações do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), André Borges, indicou a possibilidade de ser implantado um leilão reverso, onde se indicará as metas e as empresas interessadas disputarão o financiamento destinado.

Além disso, o secretário informou que a proposta de política para Universalização do Acesso à Internet, como a banda larga será apresentada via consulta pública, onde a população poderá exercer contribuições.

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