Embora o cenário seja de ampla divulgação, estudos e debates sobre a transformação digital, o CEO da Resource, Paulo Marcelo, entende que ao contrário da sociedade, as empresas ainda não são digitais. Com isso, os clientes dessa nova era têm contratado mais do que serviços ou soluções, o que eles têm buscado são os tão esperados: resultados.
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Por isso, a transformação digital empresarial merece todo o cuidado, para que as decisões sejam tomadas sejam assertivas. Para evitar erros, principalmente os graves, Paulo Marcelo listou os sete pecados capitais da era digital que de jeito nenhum podem acontecer. Confira:
1. Não integrar a visão corporativa à estratégia digital
A arquitetura da estratégia digital deve ser inserida em todas as áreas do negócio, além de integrar a estratégia da corporação, de acordo com a visão da companhia.
Desta forma, Marcelo diz que todos se unem para uma ação conjunta: modernizar processos, produtos e serviços para colocar a corporação em linha com as atuais expectativas de clientes e parceiros. “A transformação não acontece sozinha e visa fortalecer a competitividade e o posicionamento da empresa”, ressalta.
2. Não ter o comprometimento do CEO e do C-Level
Contar apenas com o apoio do CEO na construção da estratégia digital não é mais o suficiente. Além disso, também são necessários a liderança e o comprometimento do C-Level.
O engajamento do CEO e do C-Level deve priorizar e sustentar os investimentos – sempre medindo os resultados - de forma contínua.
Paulo Marcelo ainda aponta que essa união deve promover a democratização do conhecimento aos seus colaboradores, para que participem de forma ativa dos eventos da nova cultura que está sendo imersa.
3. Não contagiar as pessoas com a nova cultura
Mudanças podem esbarrar em resistências, ainda mais sobre a cultura da empresa. Com isso, é essencial mostrar as pessoas todos os benefícios que esse novo modelo irá proporcionar, para que a evolução se estenda a todas as áreas da empresa. “A comunicação é essencial para garantir uma adesão consistente e ganhar a confiança de todos”.
4. Não fortalecer as competências para a nova era
Essa renovação não é sinônimo de abrir mão de todo o modelo existente. O especialista diz que a estratégia mais inteligente é unir todas as competências da casa, trazer novas, investir em talentos, preservando a essência da companhia.
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5. Não buscar o simples e cair na armadilha do complexo
De acordo com o especialista, este é um dos maiores pecados em uma estratégia de transformação. Um dos protagonistas da era digital é a metodologia Ágil, que proporciona a realização de entregas rápidas, por meio do conceito de MVPs (Mínimo Produto Viável).
Essa vantagem de poder aumentar a quantidade de novas versões disponibilizadas aos clientes permite que erros apareçam mais rapidamente e, ao mesmo tempo, sejam solucionados na mesma velocidade. Assim, é possível simplificar o desenvolvimento e acelerar ainda mais o compromisso com as entregas.
6. Adotar todo e qualquer tipo de tecnologia sem planejamento e avaliação de necessidades
Avaliar o cenário atual e os principais objetivos da empresa é essencial antes de construir a estratégia digital. Com isso, deve-se definir quais tecnologias em específico serão usadas, pois não pode cair na armadilha de que qualquer inovação deve ser incorporada, um filtro deve ser feito.
7. Não eleger agentes de transformação digital
Eleger agentes da transformação digital é muito importante, dependendo do porte da empresa. Esse grupo será – ao lado do CEO – o responsável por permear a nova cultura, mantendo assim os funcionários bem informados e engajados.
Vale ressaltar, que essa equipe, de acordo com o especialista, deve trabalhar para que essa mudança seja implementada rapidamente, e que seja mantida com investimentos contínuos no digital. Pois assim, o processo será consistente, contínuo, executado, aferido e controlado.
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