Como parte do esforço de compartilhar mais informações sobre sua atividade recente, o Twitter divulgou seu relatório bianual de transparência. De acordo com a rede social, 299.649 contas foram removidas da plataforma somente no primeiro semestre de 2017 por promoverem terrorismo. O resultado indica uma queda de 20% em relação ao semestre anterior, ainda que a rede social não tenha apontado um motivo para o recuo.
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Deste número, cerca de 75% das contas foram banidas do Twitter antes mesmo de realizarem sua primeira publicação. A plataforma considera que um perfil está promovendo o terrorismo se houve uma incitação ativa à violência de forma associada com organizações terroristas reconhecidas internacionalmente. No acumulado entre agosto de 2015 e julho deste ano, a rede social removeu 935.987 contas por este motivo.
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O número é significativo se comparado ao 328 milhões de usuários na rede social em 30 de junho. Segundo o relatório, 95% das remoções foram realizadas graças a ferramentas da própria plataforma. Apenas 1% dos pedidos de remoção foi realizado por governos, sendo a maioria deles relacionados a "comportamento abusivo", o que inclui ameaças, assédio, conduta de ódio, entre outros. Apesar do número relativamente alto, os pedidos governamentais cresceram 3% em relação ao segundo semestre do ano passado.
Cerca de 90% de todas as solicitações feitas por governos vieram de quatro países: Turquia, Rússia, França e Alemanha. O governo turco, individualmente, foi responsável por 45% do pedidos de remoção e esteve envolvido em cinco dos oito pedidos de exclusão de conteúdo publicado por jornalistas ou organizações de notícias. De acordo com o Twitter, nestes casos nenhuma ação foi tomada "devido à sua natureza política e jornalística".
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Como lembra a agência de notícias "Reuters", o relatório aponta que o Twitter está preocupado em banir contas envolvidas com terrorismo antes mesmo dos governos. Nos últimos meses, os Estados Unidos e países europeus têm pressionado a plataforma e concorrentes como Facebook e Google para se esforçar mais contra discursos radicais na internet.