A plataforma de streaming Spotify reverteu a sua política de ‘boicotar’ artistas envolvidos em escândalos e discursos de ódio . Entre os músicos banidos pela plataforma estavam R. Kelly, acusado de abuso sexual, e o rapper XXXTentation, que espancou a ex-namorada.
Leia também: Governo de Uganda impõe taxa sobre WhatsApp e outras redes para evitar 'fofocas'
Segundo o portal internacional The Verge , pouco tempo depois de o Spotify anunciar a medida, a Apple Music e a Pandora fizeram o mesmo com o catálogo do cantor R. Kelly.
Embora a atitude tenha servido de exemplo e foi seguida por outras empresas, o aplicativo de músicas declarou na última semana que 'errou em retirar da plataforma os conteúdos dos artistas, já que não teve tempo o suficiente para definir os detalhes da política'.
Sobre a decisão considerada equivocada pela empresa, o CEO da plataforma, Daniel Ek, disse que os termos deixam lacunas para que haja diversas interpretações, e que a proposta do serviço não é penalizar indivíduos, mas, sim, não promover discursos de ódio.
Leia também: Carro autônomo da Tesla bate em viatura de Polícia estacionada e deixa um ferido
Nova diretriz
Com a mudança, apenas faixas com discursos de ódio detectadas serão retiradas da plataforma, ou seja, as músicas “cuja finalidade é incitar o ódio ou a violência contra pessoas por causa de sua raça, religião, deficiência, identidade de gênero ou orientação sexual”, como explica o termo.
Além disso, a plataforma destacou que o usuário que identificar um discurso de ódio poderá fazer a denúncia no app, preenchendo um formulário que será posteriormente analisado pela empresa.
Leia também: Facebook e Google são denunciadas por violarem nova lei de proteção de dados
Afinal, qual conteúdo é proibido no Spotify?
- Aquele que promove o discurso de ódio;
- Qualquer conteúdo fornecido à plataforma sem permissão do titular de direitos, para proteger a propriedade intelectual;
- Qualquer conteúdo que viole leis locais;
- Qualquer conteúdo explícito ou adulto que não esteja sinalizado como tal, para que o usuário que não tem interesse em ouvir, tenha a opção de filtrá-lo da sua conta.
Neonazismo excluído da plataforma
Em agosto do ano passado, em meio às manifestações neonazistas em Charlottesville , nos Estados Unidos, o Spotify excluiu aproximadamente 20 bandas e grupos da plataforma ligados a movimentos neonazistas e de supremacia branca.