Se alguém ainda acha que ainda estamos distantes de uma era “Black Mirror”, é bom ficar de olho nas novidades chinesas. Nessa semana, a agência de notícias do governo da China, Xinhua News Agency, lançou seus dois primeiros âncoras de telejornal completamente feitos com inteligência artificial (IA), e desenvolvidos em parceria com a empresa de tecnologia Sogou.
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Criados a partir da aparência de pessoas reais (a versão chinesa é inspirada no jornalista Qiu Hao e o inglês Zhang Zhao), os repórteres virtuais usam a inteligência artificial
com o objetivo simular a voz, os movimentos faciais e os gestos de pessoas reais.
O robô-repórter inglês, que ainda não tem nome - ele aparece como “English IA Anchor”, ou seja, Âncora Inglês de IA, em português –, simula os movimentos do rosto com direito a olhos piscando e sobrancelhas que se mexem, tudo para dar uma ilusão mais real de expressão facial. O boneco, no entanto, não gesticula ou tem reações.
Vestido de terno e gravata na bancada dos vídeos do canal de notícias, ele também tem voz sintetizada e meio robótica. Para fazê-lo falar, basta colocar o texto diante do jornalista virtual para que ele leia e apresente qualquer conteúdo, agilizando o processo de levar informação ao público.
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Em um vídeo de apresentação, o robô contava que era seu primeiro dia no papel de âncora para a agência de notícias estatal e prometeu “trabalhar incansavelmente para manter o público informado, pois os textos serão digitados no sistema ininterruptamente."
A vantagem, de acordo com a Xinhua , está nas reduções de custos que o boneco pode trazer como também na produtividade: afinal, o âncora pode trabalhar o dia todo, durante 24 horas sem parar e "incansavelmente."
Repórter de inteligência artificial vai começar a ser usado
Em seu primeiro vídeo, o robô-repórter também comenta a importância de sua criação, que serve para acompanhar as mudanças da mídia atual. ““O desenvolvimento da indústria de mídia exige inovação contínua e profunda integração com as tecnologias avançadas internacionais. Espero trazer novas experiências de notícias para vocês", disse.
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De acordo com seus criadores, que apresentaram a novidade durante a Conferência Mundial da Internet da China, evento de tecnologia, as o projeto ainda pode apresentar limitações, mas já está apto para ser usado tanto no site da agência de notícias como nas suas mídias sociais. O repórter de inteligência artificial
concorda: no fim do vídeo inaugural, agradece a audiência e disse que vai haver espaços para melhorias técnicas.