A Suprema Corte da Califórnia condenou a Apple a remunerar funcionários pelo tempo gasto com vistorias de bolsas e iPhones em postos de trabalho da companhia.
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A empresa adota uma política de conferir mochilas
, sacolas
e até dispositivos de seus empregados
quando eles saem dos estabelecimentos, seja para um intervalo ou após o encerramento do expediente.
A ação teve início há seis anos, quando funcionários do Apple Store processaram a firma exigindo que o tempo gasto com as revistas fosse contado como horas de trabalho. Eles argumentam que os processos levam até 20 minutos e representam um controle da empresa sobre o empregado.
A Apple , por sua vez, afirma que os funcionários podem escolher não levar bolsas ou iPhones para o trabalho, o que dispensaria a revista. Antes de ser condenada na suprema corte, a companhia venceu o primeiro julgamento no tribunal distrital .
Na nova decisão, os juízes determinaram que os empregados “estão sobre claro controle da Apple enquanto esperam a execução das revistas”. A corte recusou o argumento da empresa que as bolsas seriam uma conveniência.
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“A ironia e inconsistência dos argumentos da Apple
são claros”, diz a sentença. “A caracterização que os iPhones
são desnecessários para seus próprios funcionários contradiz diretamente a descrição do iPhone como parte integral de nossa e de todos os outros”.
A passagem é referência a uma entrevista de Tim Cook , realizada em 2017, em que o CEO da Apple afirmou que o iPhone era “parte integrada de nossas vidas, e não era possível sair de casa sem estar em posse de um aparelho”.
A corte decidiu que as remunerações devem ser pagas retroativamente contando a partir de 25 de julho de 2009. Agora, o caso vai para um tribunal de apelação que deve decidir a compensação devida pela Apple . A estimativa é que o pagamento corresponda a US$ 60 milhões.