O aplicativo Zoom passa por um escândalo de privacidade
Unsplash/ Gabriel Benois
O aplicativo Zoom passa por um escândalo de privacidade


Recentemente, o aplicativo de videoconferência Zoom passou por diversos escândalos de privacidade. Diante disso, muitas pessoas optaram por excluir o aplicativo e, agora, buscam outras outras ferramentas para fazer reuniões à distância. 

Mas como é possível saber se as outras opções para videoconferência são seguras? Primeiro, é preciso entender o contexto que rodeia as falhas de segurança apresentadas pelo Zoom. 

Um dos primeiros escândalos que vieram à tona foi o compartilhamento de dados do Zoom para o Facebook no aplicativo para iOS, o que não estava claro para os usuários. Depois disso, várias outras falhas foram detectadas por especialistas de segurança digital. 

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Uma delas foi a de que as chamadas de vídeo não possuíam criptografia de ponta à ponta, como o Zoom anunciava. Depois disso, descobriu-se que era muito simples encontrar IDs de reuniões no aplicativo - uma ferramenta automatizada conseguiu encontrar 100 delas por hora. 

Foi aí que começou o fenômeno chamado de Zoombombing , no qual pessoas não convidadas começaram a entrar em videoconferências aleatórias para assustar os usuários. 

O Zoom já resolveu alguns desses problemas e disse estar correndo atrás da solução para outros. Mesmo assim, muitas empresas e órgãos já deixaram de usar a plataforma, como é o caso do Google e da Anvisa . O aplicativo recebeu, inclusive, uma notificação do Ministério da Justiça. 

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O boom do Zoom

Um dos maiores vilões do Zoom neste momento foi justamente sua popularidade. Durante o período de isolamento social, a plataforma ganhou milhões de novos usuários. No mês de março, o aplicativo atingiu o primeiro lugar em número de downloads na App Store e o quarto na Google Play. Isso fez com que ele ficasse mais visada por hackers, o que tornou suas falhas de segurança mais perigosas. 

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“O que aconteceu com o Zoom é que a escalada massiva de usuários em tão curto período de tempo não preparou a empresa para reagir a enxurrada de ataques distintos que vieram”, explica Paulo Gontijo, professor especialista em segurança da informação do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação.

Caso Zoom nos ensina a escolher outra plataforma

É justamente a escalada do Zoom que pode nos ensinar a escolher outro aplicativo para videoconferência. Embora fosse muito difícil que os usuários previssem esse tipo de perigo no Zoom anteriormente, a dica agora é focar em plataformas que já possuam um grande número de usuários. 

Paulo explica que plataformas que já têm muitos usuários cadastrados tendem a estar mais preparadas para qualquer tipo de ataque, já que elas já são bastante visadas por invasores digitais. 

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“Certamente o número de usuários que tal ferramenta tem é um bom parâmetro para escolha. Quanto mais uma ferramenta é usada, mais ela é atacada e, portanto, mais forte e segura ela precisa se tornar para permanecer no mercado”, esclarece o especialista. 

Por isso, plataformas de videoconferências de gigantes como Google e Microsoft podem ser uma boa opção. Outra dica que Paulo dá é a de optar pelo uso de senhas nas salas de reuniões. “Temos que considerar que quanto mais fácil a entrada em uma aplicação para nós usuários, consequentemente mais suscetível essa mesma aplicação também deve ser em relação à segurança e invasão de hackers”, esclarece. 

Independente de qual plataforma escolher, outra dica interessante dada por Paulo é manter a câmera do computador tampada com um adesivo quando ela não estiver em uso. Assim, caso haja alguma ação de hackers, suas imagens não serão vazadas.

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