Drone terrestre dispensa contato entre humanos
Leonardo Custodio/O Globo
Drone terrestre dispensa contato entre humanos

RIO — A crise gerada pelo novo  coronavírus acelerou a criação ou lançamento de algumas soluções direcionadas a condomínios e voltadas ao distanciamento social. Em dois condomínios na Barra, drones terrestres já estão em teste para fazer entregas. A iniciativa é parte de um conceito global batizado touchless delivery (entrega sem contato, em português).

Funciona assim: o produto chega normalmente à portaria do condomínio, mas a entrega ao morador é feita por um robô autônomo. Da portaria do condomínio até a casa do cliente, a engenhoca é movida por geolocalização e conduzida por inteligência artificial .

— Desta forma, garantimos que não haja contato do comprador do produto com o entregador ou com o funcionário da portaria — explica Thiago Calvet, CEO da MyView, que fez o robô em parceria com a DHL Supply Chain e a Unike.

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O foco são condomínios de casas ou prédios com mais de cem moradores, que tenham vias fechadas e um grande volume de fluxo de entregas .

— O condomínio ganha pela redução da quantidade de pessoas transitando em suas dependências, e também em agilidade nas entregas para seus moradores. Em um grande condomínio residencial, evita-se cerca de 150 entradas e saídas por dia.

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Quando a pandemia se alastrou pelo Brasil, em março, nasceu a SmartStore, um minimercado instalado em condomínios, que funciona 24h por dia e pode ser equipado com alimentos, produtos de higiene e limpeza.

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O pagamento é feito no próprio local, aproximando-se o código de barras do produto a uma leitora instalada na saída.

— No final, escolhe-se a forma de pagamento desejada — explica Evandro Machado, fundador da SmartStore, e que também foca nos condomínios com mais de 150 unidades residenciais.

As assembleias virtuais devem se tornar habituais mesmo após a quarentena. A empresa Superlógica já tinha desenvolvido uma ferramenta para estas reuniões, que antes eram usadas por apenas 5% dos condomínios. Carlos Cêra, presidente da companhia, acredita que as assembleias passarão a ser “híbridas”:

—Uma das principais diferenças é que a votação ocorre desde o momento da convocação até o dia da assembleia. Ou seja, há muito mais tempo para os condôminos votarem e, por isso, a participação chega a até 80% dos condôminos. Em um processo normal este número varia entre 15% e 40%.

— Para implementar as novidades que geram custo ao condomínio, deve-se ter aprovação em assembleia — explica o advogado Rodrigo Laim, do escritório Sender Advogados Associados.

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