A Transfácil (Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte) está experimentando o aplicativo de transporte sob demanda Shotl , voltado para os ônibus de linha urbana . Trata-se de uma nova modalidade de serviço na cidade.
O objetivo é oferecer mais conforto e rapidez ao usuário do transporte coletivo da capital mineira, mas sem precisar aumentar a tarifa .
Na estação Gabriel, na região Nordeste, um empregado da Transfácil tem convidado usuários do transporte para testarem o aplicativo . Nesses grupos, os passageiros recebem orientações sobre o uso do Shotl, recebendo, também, um panfleto com áreas e horários
Na área de cobertura do do aplicativo, existem mais de 50 pontos de ônibus virtuais , nos quais é possível embarcar ou desembarcar dos micro-ônibus (que possuem 20 assentos cada).
Para aqueles que utilizarem o aplicativo, é necessário deixar o GPS do celular ativo e digitar a localização desejada. Assim, o Shotl pode orientar sobre o melhor lugar para entrar no transporte, além de, ao chegar perto do local de desembarque, avisar o passageiro.
“Estamos fazendo um teste mais controlado e, com os dados obtidos, vamos poder definir quais vão ser as próximas etapas. Nosso objetivo é verificar qual vai ser a aceitação do cliente e qual a viabilidade do aplicativo para a população”, disse Ana Flávia da Silva, coordenadora de Mobilidade da Transfácil.
Até a tarde desta quarta-feira, 17 pessoas tinham utilizado o aplicativo.
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Algumas informações sobre o serviço
Abrangência
Até o momento, integram a área de cobertura os bairros Minaslândia, Providência, Guarani, Primeiro de Maio e parte do Dona Clara, na Pampulha e nas regiões Norte e Nordeste .
O serviço está disponível de segunda-feira a sexta-feira, das 6h às 20h
Valor
A tarifa pode ser paga com o cartão BHBus ou em dinheiro, ao condutor, ao mesmo custo das linhas suplementares, R$ 3,15.
Onde baixar
É possível fazer download do aplicativo Google Play e App Store .
BHTrans acompanha estudo
O motorista Marcos Gomides de Souza, que conduz os micro-ônibus nessa fase de testes, informa que quem escolhe a rota a ser feita é o aplicativo.
“Só preciso marcar quem entrou e avisar as pessoas quando elas devem sair. É bem parecido com um aplicativo de carro . Basta eu ir seguindo o caminho no GPS”,disse.
A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), disse que os serviços sob demanda têm como objetivo aumentar as opções de transporte coletivo e que ainda precisará esperar a consolidação dos dados para análise e para que sejam definidos os próximos passos, principalmente em relação à regulamentação e critérios.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de BH , Paulo César da Silva afirmou que a entidade não foi convidada para acompanhar a implementação do teste. Ele alega, também, que, mesmo com as poucas informações disponíveis sobre a novidade, a expectativa é que a mudança não impacte os trabalhadores da categoria.
Ele afirma que pretende fiscalizar o estudo da Transfácil e que, ao que tudo indica, os motoristas que vão trabalhar na modalidade serão os já contratados.