O YouTube
excluiu um vídeo do presidente Jair Bolsonaro
indicando hidroxicloroquina e ivermectina para o tratamento da Covid-19
, após nova regra da plataforma
. Outros vídeos dele com a mesma temática, porém, continuam no ar.
Na última semana, o YouTube anunciou que excluiria publicações com esse tipo de conteúdo, já que os medicamentos não têm eficácia comprovada contra a doença. Apesar disso, alguns vídeos de Bolsonaro falando sobre o tema segue ativos.
O G1 entrou em contato com o YouTube quando a regra passou a valer, enviando trechos de uma das lives de Bolsonaro. Na segunda-feira (19), o conteúdo foi excluído da plataforma por violar as regras. Outros, porém, ainda são encontrados nesta terça-feira (20), como é o caso de uma live de 14 de abril de 2021 e outra de 10 de dezembro de 2020.
Ao G1, o Youtube disse que "diversos vídeos estão sendo revisados e podem ainda ser removidos". A exclusão de vídeos que ferem as regras da plataforma não dependem da denúncia de outros usuários.
O YouTube conta com tecnologia e pessoas para revisarem os vídeos e verem quais devem ser excluídos. De acordo com a plataforma do Google , serão excluídos todos os vídeos, novos ou velhos, que tiverem:
- conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19;
- conteúdo que recomenda o uso de ivermectina ou hidroxicloroquina para prevenção da Covid-19;
- afirmações de que ivermectina ou hidroxicloroquina são tratamentos eficazes contra a Covid-19;
- alegações de que há um método de prevenção garantido contra a Covid-19;
- afirmações de que determinados remédio ou vacinas são uma cura garantida para a Covid-19.
Nas lives de Bolsonaro
que ainda estão no ar, o presidente fere essas regras. "O que que tem no hospital? O respirador. Salva gente? Salva gente, sim, salva gente, mas tem que se evitar aí o intubamento da pessoa. Evita-se como? Numa primeira fase, o tratamento, que é a tal da hidroxicloroquina, ivermectina e anitta, entre outras coisas, vitamina D, azitromicina. Hoje os médicos sabem disso, se o teu médico fala que não, você tem o direito de procurar outro médico", disse ele em vídeo publicado em 10 de dezembro.
Já em 15 de abril, Bolsonaro
afirmou que tomou a cloroquina
e "se safou" da Covid-19
. "E isso se chama tratamento precoce ou tratamento imediato, ou tratamento 'off-label', os médicos têm o direito de bem receitar o que ele achar que é o melhor para o paciente", continuou.