A Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson , quer levar ao espaço um turista por dia, enquanto a empresa espacial busca capitalizar o voo de teste bem sucedido feito por seu fundador no fim de semana. A meta é de 400 voos por ano , informou seu presidente-executivo, Michael Colglazier, em entrevista ao jornal Financial Times.
Michael Colglazier, que assumiu o comando da Virgin Galactic há um ano, no entanto, não definiu um cronograma para a empresa aumentar suas operações comerciais e admitiu que enfrentaria grandes obstáculos para se expandir no curto prazo.
"Acho que por um tempo isso vai ser um negócio muito restrito à oferta", disse ele.
As ações da empresa de Branson tiveram um salto recorde de 22% no pré-mercado americano, após o voo do bilionário ao espaço. A Virgin Galactic ganha quase US$ 1 bi em valor de mercado.
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Branson voou com mais cinco pessoas, um marco numa empreitada que ele começou há 17 anos e que consumiu mais de US$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal, segundo o Financial Times. O voo de teste realizado no domingo, veio nove dias antes do primeiro voo de Jeff Bezos a bordo de um foguete de sua empresa espacial privada, a Blue Origin.
O avanço pode dar à Virgin Galactic publicidade extra valiosa enquanto tenta construir o primeiro negócio de turismo espacial comercial, com mais dois testes programados este ano antes de transportar passageiros pagantes, em 2022.
Em entrevista ao Financial Times, Colglazier disse que a empresa planeja substituir seu protótipo de espaçonave por duas novas naves no próximo ano, projetadas para serem mantidas mais facilmente, levando a interrupções mais rápidas entre os voos.
Hoje, já há 600 interessados confirmados em viajar ao espaço. A Virgin pretende retomar as vendas de bilhetes após novos testes a preços acima de US$ 250 mil por pessoa, valor inicialmente anunciado.