O Twitter admitiu que dá mais destaque para publicações de políticos e veículos de notícias de direita, em detrimento de conteúdos de esquerda. A informação está presente em um relatório de uma pesquisa realizada internamente pela rede social.
No estudo, o Twitter analisou tweets de políticos eleitos em sete países: Reino Unido, EUA, Canadá, França, Alemanha, Espanha e Japão. Além disso, estudou também conteúdo político de veículos de notícias dos EUA.
A pesquisa comparou a linha do tempo com algoritmo, utilizada atualmente pela rede social, com a linha do tempo cronólogica. A conclusão foi a de que em todos os países analisados, exceto na Alemanha, as publicações de direita receberam mais amplificação pelo algoritmo que as de esquerda, tanto para políticos quanto para veículos de imprensa.
De acordo com o Twitter, houve "diferença estatisticamente significativa em favor da direita política". A rede social afirma que não está claro porque o algoritmo produziu esses resultados, mas que pode ser necessário alterá-lo.
"A amplificação do algoritmo é problemática se houver tratamento preferencial em função de como o algoritmo é construído em relação às interações que as pessoas têm com ele. É necessária uma análise de causa raiz adicional para determinar quais mudanças, se houver, são necessárias para reduzir os impactos adversos de nosso algoritmo de linha do tempo", diz uma publicação no blog do Twitter escrita por Rumman Chowdhury, diretor de engenharia de software da rede social, e Luca Belli, pesquisador da plataforma.
Na publicação, o Twitter ainda prometeu mais transparência, dizendo que irá disponibilizar dados para que pesquisadores externos estudem seu algoritmo. "Estamos entusiasmados com as oportunidades que este trabalho pode abrir para colaboração futura com pesquisadores externos que buscam reproduzir, validar e estender nossa pesquisa interna", escreveram.