Jogos terão mais recursos com a chegada da nova geração de internet móvel
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Jogos terão mais recursos com a chegada da nova geração de internet móvel

Na corrida por tecnologias capazes de representar nas telas o mundo físico com a maior precisão possível, a indústria de games se volta para o desenvolvimento de novas experiências sensoriais e efeitos visuais para enriquecer a experiência dos jogadores.

E o crescimento no mundo das redes 5G, que permitem conexões mais velozes de internet, é o que deve viabilizar as inovações.

A nova tecnologia domina as conversas entre os principais produtores desse tipo de conteúdo e fabricantes de equipamentos, que participaram na semana passada de um evento de telecomunicações no Havaí, nos EUA.

A ideia é criar histórias com combates e disputas já prevendo celulares, consoles e computadores com capacidade de processar imagens em alta resolução, como 4K e 8K, além de rodar mais quadros por segundo, com maior fluidez.

No áudio, a promessa é que os jogadores consigam identificar onde estão seus oponentes ao ouvir toda a ação ao seu redor.

Os principais fabricantes também devem se debruçar em novas franquias de games capazes de se conectar a luvas e óculos de realidade virtual, com tecnologia que permite um toque mais preciso.

O objetivo é impulsionar o crescimento de jogos móveis no mundo. Dados da consultoria Statista indicam que o segmento deve crescer 15% neste ano, gerando US$ 91 bilhões em receitas. Atualmente, o mobile game representa 52% de todo o setor, maior que o jogos para PC e console.

De olho nos 2,5 bilhões de jogadores no celular mundo afora, a Razer, gigante do setor, e a Qualcomm, uma das maiores fabricantes globais de chips, anunciaram o desenvolvimento de um dispositivo móvel próprio para games com base em seu novo processador, presente em mais de 2 bilhões de smartphones.

A ideia é que desenvolvedores possam criar novas aplicações para jogos, independentemente do dispositivo, já que celulares e computadores estão cada vez mais potentes e integrados à computação em nuvem. "A ideia é criar mais soluções para o mercado gamer e transformar essa experiência", afirmou Min-Liang Tan, cofundador e CEO da Razer.

Até os jogos "mais pesados", que exigem mais largura de banda, devem se beneficiar da baixa latência do 5G, impulsionando a geração de conteúdo que exige alta precisão na velocidade de internet.

"O game móvel é o principal pilar da indústria de jogos. Toda a indústria está migrando para a nuvem com o 5G. É uma área de crescimento tecnológico para as companhias. Por isso, as empresas estão trabalhando com games para que sejam desenvolvidos novos softwares", disse Cristiano Amon, CEO e presidente da Qualcomm.

'Será possível jogar em qualquer lugar'

A empresa anunciou ainda parceria inédita com a ESL, produtora global de torneios de esportes virtuais. O CEO da companhia, Craig Levine, destacou que hoje a empresa desenvolve do zero mais de 60 e-sports (espécie de campeonato de jogos eletrônicos) por ano, e a tendência, segundo ele, é de crescimento.

"Com aparelhos cada vez mais potentes, será possível jogar em qualquer lugar e a qualquer momento. Por isso, a indústria quer ter a melhor tecnologia na palma da mão, queremos criar cada vez mais e-sports na palma da mão", revelou Levine.

Além dos smartphones, a Qualcomm apresentou seu novo processador para  laptops em parceria com fabricantes como Microsoft e outros. Os novos modelos que serão capazes também de oferecer velocidade de até 10 Gigabits por segundo (Gbps), marcando nova fase na indústria.

Essas mudanças vêm ainda acompanhadas de baterias que permitem duração por até 25 horas com uma única carga e câmeras com resolução até 24 megapixels.

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