O chefe do Comitê de Política de Informação da Rússia, Alexander Khinshtein, afirmou nesta sexta-feira (11) que a Meta deve ser considerada uma "organização extremista", relatam as agências de notícias russas Interfax e Tass. Isso faria com que o Instagram fosse banido do país, assim como já aconteceu com o Facebook.
"Minha opinião é que o trabalho do Instagram na Rússia neste caso deveria ser bloqueado, como o que aconteceu com o Facebook", declarou Khinshtein.
A fala aconteceu depois que a Meta liberou o discurso de ódio contra militares e políticos russos em ambas as redes sociais, inclusive permitindo que os usuários peçam a morte do presidente russo Vladimir Putin e de militares do país.
"Como resultado da invasão russa da Ucrânia, temporariamente permitimos formas de expressão política que normalmente violariam nossas regras, como discurso violento, como 'morte aos invasores russos'. Ainda não permitiremos apelos credíveis à violência contra civis russos", disse ao The Verge o porta-voz da Meta, Andy Stone.
De acordo com a Reuters, Facebook e Instagram ainda proíbem ameaças reais a políticos e militares russos, como indicar onde ou quando os assassinatos poderiam ocorrer. Segundo o The New York Times, essa mudança na política vale para Ucrânia, Rússia, Polônia, Letônia, Lituânia, Estônia, Eslováquia, Hungria e Romênia.
O Roskomnadzor, órgão russo de comunicações, emitiu uma nota nesta sexta-feira exigindo que a Meta confirme ou refute as informações de mudança nas políticas de Facebook e Instagram, para que o país possa tomar medidas.
"Roskomnadzor exigiu da administração da Meta Platforms Inc o mais rápido possível confirmar ou refutar as informações que apareceram na rede sobre a mudança nas regras de moderação de conteúdo nas redes sociais Facebook e Instagram em relação a cidadãos russos, incluindo militares do Forças Armadas da Federação Russa", diz a nota.